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Autonomia não é vista como «instrumento de guerrilha», diz Sócrates

Nos Açores, José Sócrates e Carlos César encontraram-se no encerramento do congresso dos socialistas açoreanos.O secretário-geral do PS aproveitou para lembrar que a autonomia é encarada como «um instrumento de guerrilha».

José Sócrates elogiou a acção de Carlos César.

«Esta governação reforçou a ideia da autonomia, porque a defendeu sempre. Autonomia, democracia, Açores foram valorizados com estes dez anos», disse Sócrates.

Mas esta atitude não deve servir para guerras, prosseguiu o secretário-geral do PS.

«Não vemos a autonomia, isso não vemos, nem nos Açores, nem no continente, nenhum socialista vê a autonomia como uma arma de arremesso ou um instrumento de guerrilha que serve apenas para dispersar incapacidades próprias», defendeu.

«Temos uma visão de uma autonomia responsável que serve para aprofundar a democracia, para superar injustiças e para transformar o todo nacional num todo mais coeso», acrescentou.

Carlos César devolveu os elogios, mas realçou que não pode dar tréguas ao amigo José Sócrates.

«Ele tem consciência que há muitas razões que nos obrigam a dizer que o Governo da República está àquem do que pode ou deve em determinado momento fazer por nós», afirmou.

Apesar do reparo, Carlos César afirmou saber que José Sócrates e a equipa que lidera está ao lado dos Açores.

O presidente do Governo regional e também o secretário-geral do PS prometeram combater unidos primeiro nas eleições regionais e depois nas legislativas de 2009.

Neste Congresso, entre as muitas mensagens recebidas destaca-se a de Manuel Alegre que ao elogiar os socialistas dos Açores não se esqueceu de enviar uma indirecta ao PS nacional, dizendo que no arquipélago se faz «um socialismo diferente, mas sem descaracterizá-lo».

Redação