portugal

Jardim à espera de ver como se posicionam «tropas»

O presidente do PSD/Madeira, Alberto João Jardim, admite esta quinta-feira que não «enterrou» o projecto de candidatura à liderança social-democrata, mas está ainda a observar como se posicionam as «tropas».

Alberto João Jardim diz que só voltará a estar disponível para se candidatar à presidência do PSD se a maior parte do partido quiser na liderança alguém que esteja à margem das guerras internas.

Numa linguagem militar, Jardim reconhece que já tem soldados ao seu lado, mas sublinha que esse facto não basta para se candidatar à presidência social-democrata.

O líder madeirense, que antes tinha afirmado ser um «general sem tropas», acrescenta que elas «afinal até apareceram - até parece que estou a exigir mais - mas mesmo tendo tropas, o general tem de fazer o reconhecimento do terreno e depois colocar o dispositivo».

Jardim afirma que «não lhe falta coragem para avançar», realçando que «o PSD no continente é um partido balcanizado, está fragmentado em várias facções», com pessoas cada vez mais empenhadas nos seus «ajustes de contas pessoais».

«Se amanhã todos estes grupos e 'grupelhos' fossem pessoas que se detectasse afinal não quererem estas situações e o grosso da coluna quissesse um candidato acima disto tudo, estou disponível», salienta.

Jardim prevê «pancada» e afirma estar «convencido que se vão suicidar todos».

«Conheço aquelas criaturas, vão entrar à pancada uns com os outros, eu estou aqui a observar o terreno», realça.

Alberto João Jardim adianta também que está à espera do final do prazo de apresentação dos candidatos.

O presidente do Governo Regional da Madeira garante ainda que se ganhar a liderança do PSD vai manter as actuais funções.

Jardim refere ainda ter apelado à desistência de Manuela Ferreira Leite e que «está mais próximo ideologicamente de Pedro Santana Lopes».

No entanto, João Jardim admite ter ficado surpreendido com a disponibilidade do líder parlamentar social-democrata para avançar para uma candidatura.

As declarçaões de Jardim foram feirtas à chegada à Madeira depois de participar no Conselho Nacional do PSD.