Pacheco Pereira classificou de «situação de emergência» o actual momento do PSD, tendo apelado para uma «solução credível» para o partido. Em Tavira, este social-democrata não quis comentar o avanço de Santana Lopes, tendo reafirmado o seu apoio a Manuela Ferreira Leite.
Pacheco Pereira considerou que o PSD vive numa «situação de emergência» e alertou para a necessidade de uma solução credível a sair das eleições directas marcadas para 31 de Maio.
«Ou sai uma solução credível para o partido falar com os portugueses ou os portugueses não querem saber do PSD», afirmou o social-democrata à margem de um jantar num hotel de Tavira.
O comentador político ligado ao PSD, que se escusou a comentar o avanço da candidatura de Santana Lopes para a liderança social-democrata, reafirmou o seu apoio a Manuela Ferreira Leite.
Para Pacheco Pereira, a ex-ministra das Finanças é a «única militante em condições de ter autoridade pessoal para apaziguar o partido porque não é dirigente de nenhuma facção ou grupo».
Outra das razões que invocou para apoiar Ferreira Leite é o facto de esta ser «fiável» e não mudar de ideias «em função de nenhum catavento» isto num contexto de dificuldades económicas que Pacheco Pereira adivinha para 2009.
Este social-democrata adiantou ainda que o país «exige credibilidade» ao partido e considerou que «o grande rombo dos últimos anos no partido Social-Democrata foi precisamente a falta de credibilidade».
Sobre a proliferação de candidatos para a liderança do PSD, Pacheco Pereira considerou que esta é «natural», uma vez que as eleições directas de 31 de Maio são «vitais para o PSD».
Pacheco Pereira esteve em Tavira a convite da concelhia local, onde falou sobre o papel dos partidos políticos na sociedade actual.