Alberto João Jardim mostrou-se contra a «candidatura do regime» de Manuela Ferreira Leite. O líder madeirense adiantou que ainda não excluiu a hipótese de se candidatar e defendeu uma união de todos os outros candidatos contra a antiga ministra.
Alberto João Jardim mostrou-se, este domingo, à margem de um almoço na Academia Madeirense das Carnes, «claramente contra» a candidatura de Manuela Ferreira Leite à liderança do PSD, considerando-a a «candidatura do regime».
A candidatura de Manuela Ferreira Leite, a «quem muito prezo», é a candidatura «do sistema político, dos que querem manter tudo na mesma, dos que querem que José Sócrates ganhe as eleições, da comunicação social de esquerda e comentadores pagos pelo regime para fazerem comentários políticos», disse.
«De todas as candidaturas a que não apoio é a de Manuela Ferreira Leite. Estou claramente contra, o resto é uma balcanização e a doutora Ferreira Leite faz parte dos balcânicos», frisou.
O líder do PSD da Madeira adiantou que ainda não excluiu a hipótese de avançar com uma candidatura à liderança do partido e levantou a hipótese de uma união de todos os outros candidatos ao cargo contra a candidatura da antiga ministra das Finanças.
«Nunca actuo condicionado», pelo que «quem não quer esperar, não espere», adiantou, explicando que o facto de lhe imporem «prazos é errado», porque quer começar «desde o princípio» a demonstrar que ninguém o condiciona.
O presidente do Governo Regional da Madeira avançou que vai esperar para ver «se nas outras listas há uma capacidade de união», mesmo que seja contra a lista de Ferreira Leite.
«Ela não vai desistir porque o regime deu-lhe o apoio todo. Nem que seja federar tudo para bater... Agora, ir no meio daqueles cacos todos, não vou», garantiu.
Jardim assegurou ainda que se «aparecer com alguma candidatura, será dirigida às bases do partido e aos dirigentes patriotas».