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PSD-M «nunca reconhecerá» líder com menos de 50% dos votos

Alberto João Jardim disse, esta quarta-feira, que o PSD da Madeira «nunca reconhecerá» como líder do partido um candidato que não obtenha pelo menos 50 por cento dos votos e frisou que o que se está a passar no PSD é «absolutamente ridículo».

Alberto João Jardim disse, esta quarta-feira, à agência Lusa que o PSD-Madeira «nunca reconhecerá», mesmo em termos legais e estatutários, como líder social-democrata um candidato que não obtenha pelo menos «50 por cento dos votos».

A Comissão Política Regional do PSD-Madeira tinha alertado para a possibilidade do próximo líder do PSD ser eleito com apenas 21 por cento dos votos, devido ao número de candidaturas existentes e ao facto de não estar previsto nos seus Estatutos a realização de uma segunda volta.

João Jardim adiantou que «os estatutos do PSD da Madeira, onde o voto é também directo e secreto, prevêem uma segunda volta para o líder ter sempre maioria absoluta».

«O que se está a passar no seio do PSD é absolutamente ridículo e demonstra a desorientação absoluta em que o partido está caído», salientou.

O líder madeirense adiantou que a Comissão Política Regional do PSD-Madeira está preocupada com a fragmentação do partido

«Sobretudo pela tentativa de uma certa burguesia dos salões de Lisboa e do Porto, com o apoio de um conhecido empresário de televisão, tentar desvirtuar um partido popular e social-democrata como é o PSD», acrescentou.

«É uma burguesia que se apresenta com o título de 'elite' julgando que cultura é sinónimo de um título académico e que faz, assim, uma camuflagem perante o país das suas incapacidades», disse.

O presidente do Governo Regional da Madeira acrescentou que os seus «companheiros de partido» estão cientes de que não deve «arriscar no meio dos aventureirismos», mas só «numa solução de união, coesão e federação».

«O partido está a recolher as assinaturas que ficam de reserva para, se chegarmos a um período em que o partido esteja completamente esfrangalhado, então, vamos tomar decisões», adiantou.