portugal

Passos Coelho e Santana defendem nova política económica

Neste 1º de Maio, os trabalhadores social-democratas convidaram para almoçar os candidatos à liderança do PSD. Manuela Ferreira Leite não apareceu e não ouviu os reparos que lhe foram dirigidos por Santana Lopes e Passos Coelho que defenderam um novo rumo para a política económica.

Os candidatos à liderança do PSD Pedro Passos Coelho e Pedro Santana Lopes coincidem ao afirmar que a política de Manuela Ferreira Leite não deu resultado e, por isso, a aposta agora não deve ser no défice mas sim no crescimento da economia e nos trabalhadores.

À entrada para um almoço com Trabalhadores Social-Democratas (TSD), que decorreu em Lisboa, Passos Coelho lamentou a excessiva importância que Portugal tem dado aos «objectivos intermédios», deixando para trás os «objectivos de longo prazo», e defendeu uma aposta nos trabalhadores e «não só no défice público».

«Não é uma crítica directa [a Ferreira Leite», sublinhou o candidato, considerando, contudo, que se deve reconhecer que Portugal não conseguiu «apostar o suficiente numa nova economia e em novas oportunidades».

Sobre a sua presença no almoço dos TSD, que convidaram todos os candidatos às eleições directas para a liderança do partido para o seu tradicional almoço do dia 01 de Maio, Passos Coelho garantiu estar presente por «convicção e não por oportunismo».

Também presente no almoço dos TSD, Pedro Santana Lopes defendeu igualmente a necessidade de se encontrar «um novo caminho» para as políticas económicas, financeiras e fiscais, recordando os «maus resultados» da «ortodoxia macro-económica».

«O caminho é outro», sublinhou, defendendo uma maior aposta no crescimento económico, nos estímulos à produtividade e na redução da carga fiscal.

Santana Lopes admite que Ferreira Leite fez um esforço de rigor e contenção», mas com base numa política que deu maus resultados. E neste ponto, Santana admitiu que tinha culpas no cartório, salientando que a coisa mais feia em polícia é «tentar sacudir água do capote».

Questionado sobre se esta é uma crítica às políticas seguidas por Manuela Ferreira Leite quando foi ministra das Finanças, Santana Lopes disse que se trata de um balanço que é necessário fazer, não por «questões pessoais», mas porque é necessário «clarificar».

Passos Coelho e Santana não afastam coligação nas legislativas

Ontem à noite, quando apresentou a candidatura aos militantes do distrito do Porto, Manuela Ferreira Leite rejeitou uma eventual coligação para as próximas eleições legislativas.

Hoje, Pedro Passos Coelho disse que concorda com a ex-ministra mas sublinhou que o resultado eleitoral pode ditar essa necessidade.

Já Pedro Santana Lopes remete para a próxima terça-feira, dia em que apresenta a sua candidatura, uma posição sobre esta matéria.