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ASFIC acusa Alípio Ribeiro de sentir «ciúmes»

Os funcionários de investigação criminal manifestaram-se contra a mudança de tutela da PJ, como foi sugerido por Alípio Ribeiro, acusando-o de ter «ciúmes». Para a ASFIC, nem a data que o director nacional da PJ escolheu para defender essa mudança foi inocente.

O presidente da Associação Sindical dos Funcionários de investigação Criminal (ASFIC) da Polícia Judiciária acusou, esta segunda-feira, o Director Nacional da PJ de defender a passagem daquela força policial para a tutela da Administração Interna por sentir «ciúmes».

«O Governo tem apostado tanto nas forças policiais do Ministério da Administração Interna em detrimento do da Justiça, que, por ciúmes dessa falta de meios, o Dr. Alípio Ribeiro disse o que disse», considerou Carlos Anjos, em declarações à TSF.

O sindicalista criticou ainda o facto de Alípio Ribeiro ter levantado esta questão pouco depois de terem sido aprovadas as leis orgânicas das polícias em Portugal.

Ou então, continuou, «há aqui uma contradição clara entre o discurso do Governo e o de Alípio Ribeiro».

Para Carlos Anjos, a data que o Director Nacional da PJ escolheu para defender a passagem da Judiciária para o Ministério da Administração Interna não foi inocente.

O presidente da ASFIC disse ainda que, nos últimos dias, tem ouvido «críticas, quer na PSP quer na Judiciária, aos sindicatos», para além de se falar num novo modelo de polícia, «tudo na semana em que vai ser discutida a lei da organização da investigação criminal e a lei de segurança interna».

«Não sei se não haverá aqui uma tentativa de descentralizar a discussão daquilo que é o aumento da criminalidade em Portugal para a vida interna das polícias», algo «muito mais fácil para o Governo» debater.