O presidente da Associação Sindical dos Funcionários da Investigação Criminal (ASFIC) da PJ, Carlos Anjos, congratulou-se esta terça-feira pelo facto de, «pela primeira vez», ter sido escolhido um polícia de carreira para liderar a instituição.
Carlos Anjos falava a propósito da escolha de Almeida Rodrigues, coordenador de investigação criminal e actual subdirector nacional adjunto na Directoria de Coimbra da Polícia Judiciária (PJ), para suceder a Alípio Ribeiro no cargo de director nacional da PJ.
«Trata-se de uma situação nova», comentou o presidente da ASFIC, lembrando que a regra era escolher um magistrado judicial ou do Ministério Público para dirigir a PJ.
Carlos Anjos confessou ter ficado «surpreendido» por ser um polícia de carreira a ser nomeado para chefiar a PJ, adiantando que a ASFIC dará todo «o apoio e colaboração» ao novo director nacional da Judiciária, à semelhança do que fez com os seus antecessores.
O presidente da ASFIC alertou, contudo, que o problema da PJ «não é unicamente um problema de pessoas», passando assim por dois vectores: a resolução da questão dos meios da Polícia e sua gestão e, por outro lado, a questão do horário de trabalho, designadamente as horas extraordinárias.
Em sua opinião, foram estes problemas que «arrastaram» a Polícia Judiciária para «a situação em que actualmente se encontra».