Já levou a imagem de Nossa Senhora da Rosa Mística de helicóptero e de tanque. Na última vez, sobrevoou a igreja numa tirolesa.
No Brasil, em Portugal ou em qualquer outro ponto do globo, o ritual das missas católicas, rigidamente controlado pelo Vaticano e pelos episcopados, não muda muito: acolhida, liturgia, leitura do evangelho, preces, oferendas, oração do senhor, comunhão e por aí adiante, mais especificidade local, menos especificidade local.
Exceto em Espírito Santo do Pinhal, cidade de 44 mil habitantes a cerca de 200 quilómetros de São Paulo, onde os fiéis nunca sabem o que esperar do Padre Augusto a cada dia 13, quando a Igreja Matriz celebra a figura da Nossa Senhora da Rosa Mística.
"Já apareceu de helicóptero, já veio de tanque de guerra", contou uma paroquiana, meio entusiasmada, meio desconcertada. Desta vez o padre, que aos 70 anos teria idade para ser mais contido, foi ainda mais ousado: desceu, de Nossa Senhora na mão, de uma tirolesa montada em segredo por um amigo bombeiro.
"Foram cinco semanas de estudo e três testes para não deixar cair a imagem", contou Padre Augusto que, garantiu, já está a preparar a próxima aventura. "Não posso contar ainda mas a equipa da igreja tem umas ideias..." Aos fiéis, resta rezar.
O correspondente da TSF no Brasil, João Almeida Moreira, assina todas as quintas-feiras no site da Rádio a crónica Acontece no Brasil.