O líder do PSD denunciou, este sábado, que «máquina socialista» tem «apetite» pelo BCP, uma instituição que se prepara para eleger uma nova administração, e sugeriu Miguel Cadilhe para a liderança da Caixa Geral de Depósitos.
À entrada para uma iniciativa da JSD, Luís Filipe Menezes considerou que «já não chega a tutela sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD), colocada completamente ao serviço do projecto socialista, como agora o apetite já está no BCP».
Para o líder do PSD, «sob a capa da lógica do funcionamento da economia do mercado», assiste-se «a um processo que deixa muitas dúvidas sobre uma eventual tentativa de um controle enviesado da máquina socialista de uma das instituições financeiras privadas mais independentes que existia em Portugal».
Menezes comentava, assim, a situação que vive o BCP. Alguns dos principais accionistas do BCP estão hoje reunidos para tentar encontrar uma solução de liderança forte para o banco, que pode passar por Carlos Santos Ferreira, actual presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
Luís Filipe Menezes considerou que Cadilhe «seria um grande presidente da CGD», afirmando que «está na altura de o Governo nomear para presidente da CGD uma personalidade próxima da área do maior partido da oposição».
«Era aquilo que o PSD quando estava no poder fazia. Cavaco Silva fez isso numa lógica ética de equilíbrio de poder. Espero que agora não haja o apetite de controlar tudo e todos», sustentou.
O líder social-democrata falou ainda das conclusões conhecidas do relatório do Tribunal de Contas, considerando que demonstram «a imagem de rigor do ministro das Finanças e do primeiro-ministro».
Também o Bloco de Esquerda, pela voz de Francisco Louçã, acusou o Governo de «martelar» as contas do Estado e insurgiu-se contra as «falsificações» do Banco Comercial Português, entidade que disse penalizar os contribuintes
com a sua prática de «prejuízos criminalmente organizados».