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Liderança do BCP pode ter lista alternativa a Santos Ferreira

Está a ser preparada uma alternativa à lista de Santos Ferreira para a liderança do BCP. O Jornal de Negócios escreve que os contactos têm-se multiplicado nos últimos dias. No centro da polémica está o nome de Armando Vara, militante do PS e amigo pessoal do primeiro-ministro José Sócrates. Alguns accionistas temem que a nova liderança do banco seja demasiado politica.

Está a ser preparada uma lista alternativa à de Santos Ferreira para a liderança do BCP.

Segundo o Jornal de Negócios, há um grupo de accionistas que não se revê na equipa que está a ser trabalhada por Santos Ferreira, não tanto pelo nome do ainda presidente da Caixa Geral de Depósitos mas pela equipa que está a constituir.

O nome de Armando Vara para número dois da lista de Santos Ferreira, e os receios de que a escolha seja feita mais por razões políticas do que por razões profissionais estão na origem do descontentamento.

Nos próximos dias poderá assim surgir uma lista alternativa à liderança do BCP, uma alternativa que ainda não tem rostos visíveis e que só deverá surgir, segundo um accionista citado pelo jornal, se a eleição estiver garantida.

No lote de accionistas descontentes poderão estar o grupo Eureko e o banco Sabadell, ausentes na reunião que lançou Santos Ferreira como solução para a gestão do BCP. A estes nomes junta-se um grupo de investidores com posições perto dos 2 por cento como António Gonçalves.

O ainda presidente da CGD deve apresentar ainda esta quarta-feira a demissão do banco do Estado. Oficialmente, só depois começa a fazer os contactos para a constituição da equipa.

No entanto, a imprensa já avançou meia dúzia de nomes como certos: três quadros do BCP, entre eles o antigo Director-geral dos Impostos, Paulo Macedo, e três gestores contratados fora do banco, o grupo que inclui Armando Vara.

Qualquer lista para a direcção do BCP tem de ser entregue até às 19:00 de sexta-feira. A votação na Assembleia Geral está marcada para 15 de Janeiro de 2008.

A saída de Santos Ferreira para o banco privado deixa livre a presidência da CGD. Manuel Pinho, o actual ministro da Economia é um dos nomes mais falados para o cargo, pretexto para Sócrates desencadear uma remodelação governamental, que os analistas políticos apontam como inevitável agora que terminou a presidência portuguesa da União Europeia.