Luís Filipe Menezes considerou, esta segunda-feira, que o Governo e também o PS têm uma oportunidade para mostrar que são isentos. O líder do PSD desafiou o Executivo a deixar de fora da votação para a administração do BCP a Caixa Geral de Depósitos e todas as empresas participadas pelo Estado.
Luís Filipe Menezes deixou neste último dia do ano de 2007 um repto a José Sócrates e ao restante Executivo: «O Governo e o PS têm dito que não fazem pressões nem interferem na vida de um banco privado, então desafio o Governo para que a CGD, as golden-share, grupos e empresas participadas pelo Estado não participem na votação da escolha da administração do BCP».
«O Governo e o PS têm agora uma boa oportunidade de demonstrar que são isentos», acrescentou.
Depois de um encontro no Funchal com Alberto João Jardim, Luís Filipe Menezes recusou-se a comentar a candidatura de Miguel Cadilhe à liderança do BCP.
O líder social-democrata afirmou que prefere «não interferir, porque quem interfere é o PS e o Governador do Banco de Portugal, que chamaram os accionistas para escolher uma administração. A comissão política do PSD não faz isso».
«Está na cara, está-se a ver há muito tempo que a intenção é de haver um controlo, através quase de uma OPA informal, do BCP por parte do poder político instituído à volta do engenheiro Sócrates», defendeu Luís Filipe Menezes.