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PSD reitera ratificação via parlamento, PCP e BE querem referendo

O PSD reiterou a defesa da ratificação por via parlamentar do Tratado de Lisboa que vai ser assinado esta quinta-feira no Mosteiro dos Jerónimos. PCP e Bloco de Esquerda insistem na necessidade de um referendo, uma promessa eleitoral de José Sócrates.

O PSD reiterou o seu desejo por uma ratificação por via parlamentar do Tratado de Lisboa, documento que será assinado esta quinta-feira no Mosteiro dos Jerónimos.

Ouvido pela TSF, o presidente social-democrata explicou que o primeiro-ministro «tem o direito de escolher a altura apropriada e as circunstâncias que considere aconselháveis para fazer» a opção pelo referendo ou não.

Luís Filipe Menezes frisou que não fará nenhuma «guerra partidária» deste assunto e disse mesmo que a «menos de 24 horas da assinatura do Tratado de Lisboa não me levará a que faça críticas ao governo do meu país».

«Estou muito satisfeito com a presidência portuguesa», concluiu o líder do PSD.

Já o CDS remeteu para 19 de Dezembro uma decisão sobre se irá apoiar o referendo ou não ao Tratado Reformador europeu, uma decisão que Paulo Portas assegurou que será tomada «dentro de casa».

O líder centrista adiantou ainda que só depois de emitida a decisão do seu partido é que Portas falará sobre o compromisso eleitoral de Sócrates a este respeito e acha que este se deve manter.

Por seu lado, o Bloco de Esquerda entende que a promessa eleitoral de levar o Tratado de Lisboa a referendo deve manter-se e que caso isto não aconteça a única solução é o levantamento de uma moção de censura ao Governo.

«Espero que quando anunciar aos portugueses a sua decisão se lembre sempre que está condicionado por esta promessa e por este compromisso, porque a democracia se faz com a responsabilidade do compromisso», sublinhou Francisco Louçã.

O PCP também pretende a realização de um referendo e desde já apela ao "não" a este tratado, já que, na opinião de Jerónimo de Sousa, este documento «não pode ser encarado como uma boa notícia do ponto de vista nacional».

Já o líder parlamentar do PS lembrou que o primeiro-ministro «tomará seguramente a decisão que for mais adequada», mas sempre depois do «fim da presidência portuguesa» da União Europeia, tal como foi indicado por José Sócrates.