O CDS-PP defende que o Tratado de Lisboa deve ser referendado. A decisão foi aprovada quarta-feira à noite por mais de 90 por cento dos conselheiros nacionais do partido. Paulo Portas sublinha que quer manter uma promessa feita.
O Conselho Nacional do CDS-PP aprovou quarta-feira, com 91 por cento dos votos, a realização de um referendo em Portugal para ratificar o Tratado de Lisboa, como propôs o líder Paulo Portas.
Sobre o conteúdo do Tratado, foram menos os conselheiros favoráveis: ainda assim, 82 por cento dos votantes aprovaram o "sim" ao documento, enquanto 18 por cento se pronunciaram contra.
Para o líder do partido, Paulo Portas, a realização deste referendo constitui o cumprir de uma promessa eleitoral.
«O CDS tem no seu programa eleitoral um compromisso com a realização de um referendo. Outros podem mudar de opinião! Eu não quero que o CDS seja igual a esses outros, quero que o CDS se distinga por manter a palavra dada e cumprir o seu compromisso», adiantou Portas.
Paulo Portas considera ainda que o primeiro-ministro José Sócrates deve meditar sobre o facto de «poder não vir a cumprir o que prometeu relativamente ao referendo sobre o Tratado Europeu», tal como já fez com os impostos e com o emprego.
O Governo já fez saber que só se vai pronunciar sobre a questão depois do fecho da presidência da União Europeia, no final do mês de Dezembro.