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Bastonário critica encerramento de urgências

A Ordem dos Médicos atacou, esta terça-feira, de forma cerrada o Ministério da Saúde, embora considere que o ministro Correia de Campos está de saída. O bastonário em exercício refere caminhos que, na sua opinião, podem resultar em «casos fatais», criticando sobretudo o encerramento das urgências.

A Ordem dos Médicos acusou hoje o Ministério da Saúde de estar a retirar médicos de famílias aos doentes, ao encerrar urgências hospitalar substituindo-as pelas designadas consultas abertas.

«O ministro da Saúde dizia que o princípio era fechar Serviços de Atendimento Permanente (SAP) para devolver médicos de família aos doentes e agora está a retirar os médicos de família», comentou o bastonário em exercício, José Manuel Silva, em conferência de imprensa realizada em Lisboa.

As consultas abertas estão previstas nalguns hospitais cujas urgências encerraram e são dadas por médicos de família.

Como exemplo do que consideram ser a «farsa das consultas abertas», a Ordem dos Médicos estima que o centro de saúde de Cantanhede perca 30 mil consultas programadas por ano com o fecho da urgência do hospital e subsequente abertura de uma consulta aberta.

O bastonário critica ainda a possível colocação, no interior do país, de helicópteros de emergência a operar sem um médico, como estará previsto pelo Ministério da Saúde.

«Irá inexoravelmente assistir-se a casos fatais», estimou o bastonário em exercício da Ordem dos Médicos, sublinhando que não se podem transportar doentes graves sem acompanhamento médico.

Em causa estão os helicópteros de suporte imediato de vida (SIV) para o interior do país, cuja equipa será constituída por um técnico de emergência e por um enfermeiro.

«É um acto criminoso do INEM e do ministro da Saúde», comentou ainda José Manuel Silva.

Redação