Bruno Pinto (Pidá), Mauro Santos, Fernando Martins e Ângelo Miguel Ferreira foram, esta quarta-feira, colocados em prisão preventiva na sequência das detenções, ocorridas domingo, no âmbito da operação "Noite Branca" desencadeada pela PJ/Porto.
Dos catorze indivíduos detidos domingo passado no âmbito desta operação dirigida à criminalidade violenta do Porto. O outro indiciado, Sandro Onofre, foi libertado com termo de identidade e residência.
O advogado de Bruno Pinto (Bruno Pidá) disse aos jornalistas que o seu cliente nega qualquer envolvimento nas mortes violentas que ocorreram, nos últimos meses, na noite do Porto.
«O meu cliente continua a clamar por inocência, diz que não teve rigorosamente nada a ver com os ilícitos que lhe são imputados», disse o advogado.
Os quatro arguidos saíram do tribunal gritando palavras de revolta. Cá fora, amigos e familiares juntavam-se aos gritos de protesto dos detidos.
Ontem, saíram seis arguidos do TIC sujeitos às medidas de coacção mínimas - termo de identidade e residência ou apresentação quinzenal às autoridades - entre os quais João Gonçalves, suspeito de ter cedido uma carrinha usada no homicídio do empresário Aurélio Palha, a 27 de Agosto.
A operação "Noite Branca", que ainda vai prosseguir, teve a meio da tarde de domingo um primeiro balanço, feito pelo director nacional da Polícia Judiciária (PJ), Alípio Ribeiro.
Segundo Alípio Ribeiro, no total foram detidas 14 pessoas, três das quais foram libertadas no mesmo dia da operação, domingo à tarde, por não terem ligação directa com os crimes em causa.
Os restantes onze detidos estão indiciados por homicídio voluntário, tráfico de estupefacientes, receptação e detenção de armas proibidas. A juíza decidiu retirar a todos os indiciados a acusação de associação criminosa.