Educação

Fenprof fala em forte adesão à greve. Várias escolas encerradas

Aveiro, 16-02-2018 - Docentes, trabalhadores não docentes e investigadores da Universidade de Aveiro concentraram-se junto à respetiva reitoria em protesto contra a posição que esta assumiu no âmbito do PREVPAP, programa,alegadamente, criado para regularizar vínculos precários. O líder da Fenprof, Mario Nogueira. Maria João Gala / Global Imagens Maria João Gala/Global Imagens

Os professores estão em protesto devido ao desacordo com o Governo sobre a contabilização do tempo de serviço a ser descongelado.

O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, disse à TSF que "há sinais" de uma "boa adesão" à greve dos professores, que decorre esta terça-feira na região da Grande Lisboa e na região autónoma da Madeira.

Mário Nogueira relata alguns casos de escolas encerradas o que, segundo o dirigente sindical, "significa uma adesão extremamente forte" à greve.

"Por norma, quando são só greves de professores, as escolas não encerram, a não ser que esteja praticamente toda a escola em greve", justificou o sindicalista.

Mário Nogueira adianta ainda que há já dados relativos a grandes centros escolares, que, apesar de estarem a funcionar, houve uma adesão à greve na ordem dos "75% a 80%", e de escolas onde toda a direção aderiu à paralisação.

"Há bons sinais da adesão a esta greve", declarou o dirigente da Fenprof, em declarações à TSF, apesar de admitir ainda ser cedo para fazer um balanço global.

Os professores estão em protesto devido ao desacordo com o Governo sobre a contabilização do tempo de serviço a ser descongelado.

Na última segunda-feira, o Governo voltou a apresentar aos sindicatos a mesma proposta que já tinha divulgado numa reunião negocial anterior, que admite apenas o descongelamento de dois anos e 10 meses de tempo de serviço aos docentes, que não desistem de ver contabilizados os nove anos, quatro meses e dois dias congelados.

As duas federações sindicais que representam os professores consideraram a proposta do executivo socialista "inaceitável" e avançaram com uma greve, que se estende entre os dias 13 e 16 de março.

A greve arrancou esta terça-feira, na região da Grande Lisboa (Lisboa, Setúbal e Santarém) e na região autónoma da Madeira. Quarta-feira é a vez da região sul (Évora, Portalegre, Beja e Faro) e na quinta-feira é na região centro (Coimbra, Viseu, Aveiro, Leiria, Guarda e Castelo Branco).

A greve termina esta sexta-feira, com a paralisação da região norte (Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança) e da região autónoma dos Açores.