Os professores estão em protesto devido ao desacordo com o Governo sobre a contabilização do tempo de serviço a ser descongelado.
O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, disse à TSF que "há sinais" de uma "boa adesão" à greve dos professores, que decorre esta terça-feira na região da Grande Lisboa e na região autónoma da Madeira.
Mário Nogueira relata alguns casos de escolas encerradas o que, segundo o dirigente sindical, "significa uma adesão extremamente forte" à greve.
"Por norma, quando são só greves de professores, as escolas não encerram, a não ser que esteja praticamente toda a escola em greve", justificou o sindicalista.
Mário Nogueira adianta ainda que há já dados relativos a grandes centros escolares, que, apesar de estarem a funcionar, houve uma adesão à greve na ordem dos "75% a 80%", e de escolas onde toda a direção aderiu à paralisação.
"Há bons sinais da adesão a esta greve", declarou o dirigente da Fenprof, em declarações à TSF, apesar de admitir ainda ser cedo para fazer um balanço global.
Os professores estão em protesto devido ao desacordo com o Governo sobre a contabilização do tempo de serviço a ser descongelado.
Na última segunda-feira, o Governo voltou a apresentar aos sindicatos a mesma proposta que já tinha divulgado numa reunião negocial anterior, que admite apenas o descongelamento de dois anos e 10 meses de tempo de serviço aos docentes, que não desistem de ver contabilizados os nove anos, quatro meses e dois dias congelados.
As duas federações sindicais que representam os professores consideraram a proposta do executivo socialista "inaceitável" e avançaram com uma greve, que se estende entre os dias 13 e 16 de março.
A greve arrancou esta terça-feira, na região da Grande Lisboa (Lisboa, Setúbal e Santarém) e na região autónoma da Madeira. Quarta-feira é a vez da região sul (Évora, Portalegre, Beja e Faro) e na quinta-feira é na região centro (Coimbra, Viseu, Aveiro, Leiria, Guarda e Castelo Branco).
A greve termina esta sexta-feira, com a paralisação da região norte (Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança) e da região autónoma dos Açores.