economia

Ferreira Oliveira admite fechar estações de serviço

O presidente-executivo da Galp, Ferreira de Oliveira, admitiu esta terça-feira que, se a tendência de subida dos combustíveis se mantiver, poderá ser necessário reduzir o número de estações de serviço em Portugal.

Em conferência de imprensa para apresentação dos resultados da empresa, o responsável explicou que embora a «racionalização» de infra-estruturas não seja ainda considerada «uma medida urgente», é necessário pensar que «há espaço para uma diminuição» do número de postos de abastecimento no país.

«Temos conseguido conter o crescimento dos preços dos combustíveis», mas mesmo assim esse crescimento «tem levado a uma inevitável redução do consumo e a uma consequente perda de receitas por parte dos operadores», explicou o presidente da empresa, que viu no primeiro trimestre as receitas relativas à refinação e distribuição de produtos petrolíferos cair 50 por cento.

«Os operadores independentes e os distribuidores de produtos petrolíferos vêm assim os seus volumes de venda serem reduzidos, e isto, suportando a mesma estrutura de custos fixos», explicou.

Na sua intervenção, Ferreira de Oliveira garantiu ainda que o preço dos combustíveis praticados em Portugal antes de impostos têm aumentado menos do que na média da União Europeia (UE) e de Espanha.

«O mercado é totalmente transparente, todos têm facilidade de importação, por terra ou por maré, e não têm nenhum contrato que os obrigue a comprar à Galp Energia», sublinhou Ferreira de Oliveira lembrando que a Autoridade da Concorrência acompanha todos os movimentos de preços no sector.