A candidata à liderança do PSD, Manuela Ferreira Leite, confessou este sábado que não tem vocação para actriz, garantindo que, se for eleita, não fará política espectáculo, antes optará por ser sempre «verdadeira e directa».
«Comigo, não contem para o espectáculo», avisou, em Viana do Castelo, Manuela Ferreira Leite, sublinhando que não é «actriz» nem nunca teve vocação para o ser.
«Serei verdadeira e directa. Há quem diga que isso não dá votos, mas gostava de fazer a experiência se, falando a verdade, também não se ganham eleições. Eu acredito que sim», acrescentou.
Em resposta aos que lhe apontam eventuais erros no seu passado governativo, a candidata apenas disse que fez sempre «apenas o que considerava ser essencial» para o País.
«Nunca abdiquei disso em nome de qualquer popularidade pessoal», frisou.
Manuela Ferreira Leite, que chegou a Viana do Castelo ladeada pelo presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, disse ainda que, se for eleita líder do PSD, o Governo «vai ter que esclarecer alguns investimentos volumosos e vultuosos que se prepara para fazer».
«Actualmente, o Governo está à rédea solta, faz o que entende, não tem medo de nenhum partido que lhe faça frente», acrescentou, sublinhando que «o PSD tem feito oposição, mas o problema é que ninguém nos ouve».
A candidata garantiu ainda que saberá conviver com as críticas, que não atirará a toalha ao chão e que não exercerá quaisquer represálias sobre os críticos.
Sobre as eleições de 31 de Maio, Ferreira Leite alertou que elas «são decisivas» para o PSD e, por isso, aconselhou os militantes a votarem no candidato «que melhor pode aparecer aos olhos dos portugueses como potencial candidato a primeiro-ministro».