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Código do Trabalho avança mesmo sem acordo

O primeiro-ministro assegurou que o Código do Trabalho vai avançar mesmo sem o acordo dos parceiros sociais. A garantia foi dada por José Sócrates em Braga num encontro a que chegou com duas horas de atraso por causa de uma indisposição.

O primeiro-ministro assegurou que a reforma laboral vai avançar e garantiu que o novo Código de Trabalho vai ser posto em prática mesmo sem o acordo dos parceiros sociais, muito embora tenha dito que prefira a existência de um acordo.

Em Braga, onde chegou com cerca de duas horas de atraso devido a uma indisposição, José Sócrates explicou que «esta reforma é da maior importância para o país que deve ter por base um novo consenso social que deve resultar da concertação».

«A proposta que apresentamos é boa, correcta, equilibrada, defende os trabalhadores e a economia e abre as portas a um país melhor», acrescentou o chefe do Governo, que disse mesmo que «nenhum Governo teve, até agora, a coragem de apresentar propostas tão ousadas na concertação social».

Perante cerca de 200 militantes socialistas, o primeiro-ministro aproveitou ainda a ocasião para atacar as posições do PCP e da CGTP, que classificou de «puro radicalismo», rejeitando a tese de que a «redução de seis para três anos, do período máximo dos contratos a prazo, favorece a precariedade».

«Propomos que os trabalhadores a recibo verde paguem menos 7,5 por cento e que as empresas que recorrem a este tipo de pagamento, paguem mais cinco por cento. Será esta medida a favor da precariedade?», questionou.

José Sócrates explicou ainda que antes de se deslocar para Braga tinha passado pelo Hospital de Santo António para tomar um antibiótico e um analgésico depois de se ter sido com febre e indisposto.

«Estou aqui, e em forma, como podem ver», acrescentou o primeiro-ministro, que assegurou que a sua má disposição não tinha a ver com o facto de ter decidido deixar de fumar, o que provocou alguns risos na sala.