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«Já não há casas na maioria de cidades de Wenchuan»

O sismo que sacudiu o sudoeste da China destruiu quase todas as casas e vilas do distrito de Wenchuan, localizado perto do epicentro do abalo, indicou um responsável da polícia armada chinesa. Entretanto, cerca de cem soldados de elite chegaram a uma zona perto do epicentro.

O sismo que sacudiu o sudoeste da China na segunda-feira teve efeitos devastadores em algumas cidades localizadas próximo do epicentro do abalo, indicou um responsável da polícia armada chinesa.

«Já não há casas na maioria das cidades e vilas no distrito de Wenchuan. Tudo foi arrasado», afirmou Wang Yi, chefe desta polícia que dá conta da morte de 7700 pessoas na cidade de Yingxiu, que tinha uma população de 10 mil pessoas.

As informações vindas desta região falam em muitas estradas destruídas ou então de circulação praticamente impossível e também em muitos deslizamentos de terras, tendo os envolvidos nas operações de salvamento que fazer muitos transportes a pé.

Estas informações chegaram no dia em que um primeiro grupo de cem soldados de elite chineses chegou, esta quarta-feira, através de pará-quedas, a uma zona de difícil acesso próxima do epicentro do sismo de segunda-feira que abalou o sudoeste da China.

A agência Nova China adiantou que cerca de cem mil polícias e soldados do Exército Popular de Libertação vão participar nas operações de socorro nos locais afectados pelo sismo, um anúncio que foi confirmado pelo primeiro-ministro Wen Jiabao.

As operações de salvamento estão a ser dificultadas pelas chuvas torrenciais que estão a cair sobre a região e que estão também a contribuir para as dificuldades dos trabalhos de salvamento.

As autoridades chinesas já conseguiram transferir para a região três helicópteros com medicamentos e alimentação, tendo, entretanto, uma equipa de 1300 médicos e enfermeiros do exército conseguido chegar a pé ao distrito de Wenchuan.

O sismo de segunda-feira que afectou em particular a província de Sichuan foi o mais grave na China desde 1976, altura em que um abalo em Tangshan, perto de Pequim, fez 242 mil mortos, de acordo com números oficiais.