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Vinte mil mortos apenas numa cidade

As autoridades chinesas indicaram a possibilidade de haver cerca de 20 mil mortos na sequência do sismo de segunda-feira apenas num cidade da província de Sichuan. Até agora estão confirmados quase 29 mil mortos e quase 200 mil feridos, numa altura em que as epidemias começam a preocupar.

O número de mortos na cidade de Deyang, na província de Sichuan, a mais afectada pelo sismo de segunda-feira na China, poderá ascender a cerca de 20 mil, anunciaram responsáveis locais à agência Nova China.

Entretanto, um porta-voz do governo chinês indicou que o número de mortos confirmados deste abalo de 7,9 na escala de Richter chegou aos 28881, 7568 dos quais em Deyang, ao passo que o número de feridos contabilizados ultrapassou os 198 mil.

Responsáveis locais adiantaram ainda que, apenas na província de Sichuan, há mais de 10600 pessoas soterradas por escombros, estando já confirmadas as mortes de 28300 nesta província.

A agência Nova China indicou ainda que as autoridades começaram a evacuar mais de duas mil pessoas na cidade de Qingchuan, na província de Sichuan, ameaçadas por inundações após o sismo de segunda-feira.

O abalo provocou a formação de um lago artificial de 10 milhões de metros cúbicos de água que ameaça transbordar se o nível da água aumentar mais dois ou três metros, indicaram alguns especialistas.

As autoridades estão agora bastante preocupadas com a possibilidade do surgimento de epidemias entre os cerca de cinco milhões de refugiados provocados pelo forte sismo de há cinco dias.

Estas pessoas estão a viver em condições sanitárias muito difíceis, uma vez que o abalo destruiu as redes de distribuição de água potável, isto a par do facto de existir por todo o lado cadáveres em decomposição e cadáveres de animais.

«Combater as epidemias é a tarefa mais urgente e mais importante que nos aguarda agora», afirmou o vice-ministro chinês da Agricultura, Wei Chao'an.