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Birmânia recusa ajuda da AMI

Quinze dias depois do ciclone e depois de 15 dias de insistência, a AMI desistiu de seguir viagem para Myanmar. Fernando Nobre explicou à TSF que a AMI recebeu uma resposta formal da Birmânia, recusando a ajuda da entidade.

Fernando Nobre disse à TSF que recebeu uma resposta escrita das autoridades da antiga Birmânia «a dizer que não agradeciam mas não precisam da ajuda, e que se precisassem solicitavam».

«A minha percepção é que eles não querem a ajuda ocidental e que privilegiam a ajuda de países asiáticos que toleram melhor a ditadura», acrescenta o presidente da AMI.

Mesmo assim, a AMI vai enviar «10 mil euros para o arcebispo de Rangum porque confia que essa ajuda chegue às pessoas».

O balanço oficial da passagem do ciclone Nargis pela antiga Birmânia é de 133 mil mortos e desaparecidos e um número de feridos também acima dos 130 mil.

Com dois milhões e meio de desalojados, a junta militar que governa Myanmar continua a rejeitar toda a ajuda ocidental, tolerando apenas o apoio de países asiáticos vizinhos.