Os peritos defendem que tem de haver "flexibilidade para ter meios de previsão e combate em qualquer época do ano" e a criação de uma unidade de missão para reorganizar os bombeiros.
O dispositivo de combate a incêndios no próximo verão tem de ser flexível, deixar de ser regido por fases e ter capacidade permanente para combate inicial, defendeu Tiago Oliveira, o responsável pela unidade missão para a gestão dos fogos.
Tiago Oliveira, que falava aos jornalistas na presidência do Conselho de Ministros, esta quarta-feira, afirmou que a unidade de missão para a instalação do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais vai acolher as recomendações do segundo relatório da comissão técnica independente, que analisou os fogos de outubro do ano passado.
O responsável afirmou ainda que as populações e turistas têm de estar preparados para agir em caso de "um evento extremo" e ser servidos por um sistema de comunicação eficaz "para que, quando um incêndio exista, saibam o que fazer e estejam mais capacitados para reagir".
A comissão técnica independente que analisou os grandes incêndios rurais de 2017 concluiu que falhou a capacidade de "previsão e programação" para "minimizar a extensão" do fogo na região Centro (onde ocorreram as mortes), perante as previsões meteorológicas de temperaturas elevadas e vento.
A Autoridade Nacional de Proteção Civil pediu um reforço de meios para combater estes incêndios devido às condições meteorológicas, mas não obteve "plena autorização a nível superior", e a atuação do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi "limitada" por falhas na rede de comunicações.