Mundo

Primeiro-ministro israelita interrogado em caso de corrupção

epa06629916 (FILE) - Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu attends the weekly cabinet meeting at his office in Jerusalem, Israel, 23 March 2018 (reissued 26 March 2018). Netanhyahu on 26 March 2018 was questioned by Israeli police for the second time over his role in the telecommunication company Bezeq Telecom Israel's corruption case. EPA/ABIR SULTAN EPA POOL *** Local Caption *** 54223025 Abir Sultan/EPA

Netanyahu está a ser investigado por alegadamente ter favorecido o principal acionista da Bezeq em troco de uma cobertura favorável no popular portal de informação Walla, detido pela empresa.

O primeiro-ministro israelita, Benjamín Netanyahu, a sua mulher Sara e o filho Yair foram interrogados em simultâneo, esta segunda-feira, no âmbito da investigação a uma alegada obstrução à justiça no caso que envolve a empresa de telecomunicações Bezeq.

De acordo com a imprensa local, Netanyahu foi interrogado na sua residência oficial em Jerusalém e a mulher Sara e o filho Yair numa delegação da unidade económica nacional, na cidade de Lod.

A polícia confirmou esta manhã que "as equipas estão a investigar algumas pessoas ligadas ao Estado", mas não especificou nomes, porque a investigação ainda está em curso.

O chefe do executivo israelita está a ser investigado por alegadamente ter favorecido o principal acionista da Bezeq, Shaul Elovich, e, recorrentemente, a própria empresa em troco de uma cobertura favorável no popular portal de informação Walla (da Bezeq), no que ficou conhecido por "Caso 4000".

Segundo o diário Yediot Aharanot, Netanyahu não foi oficialmente declarado suspeito, mas, após as declarações feitas pelo seu antigo assessor de imprensa Nir Hefetz, que confessou ter obstruído a investigação, a polícia israelita quer interrogar o primeiro-ministro e respetiva mulher, bem como o filho do casal, Jair, para determinar se também atuaram no mesmo sentido.

As autoridades suspeitam que era Hefetz a pessoa que transmitia as mensagens entre o mandatário israelita, o diretor-geral do Ministério das Comunicações, Sholmo Filber, e Shaul Elovich, o maior acionista da Bezeq, os três entretanto detidos.

"A filtragem do material de investigação, mesmo o falso, é a verdadeira tentativa de obstrução à investigação. O primeiro-ministro age em conformidade com a lei e sempre o fez. As acusações de obstrução são tontarias. Não houve obstrução, não se passou nada", respondeu há uns dias, em comunicado, o gabinete de Netanyahu.