Jens Stoltenberg garante que a intenção não é fechar a via do diálogo.
O secretário-geral da NATO anunciou esta tarde, em Bruxelas, que a Aliança Atlântica decidiu juntar-se à resposta coordenada a nível internacional, contra a atuação de Moscovo, no caso do envenenamento, em solo britânico, de um ex-espião russo.
"Hoje retirei as credenciais a sete membros da missão diplomática da Rússia na NATO. Também vou rejeitar outras três acreditações que estão pendentes", anunciou Jens Stoltenberg, saudando ainda que o Conselho da Aliança Atlântica também tenha decidido "reduziu o tamanho máximo da missão da Rússia na NATO para 10 pessoas".
A falar na sede a Aliança Atlântica, o secretário-geral atirou que o seu objetivo era enviar uma "mensagem clara" para Moscovo, refletindo os "custos e consequências para o padrão de comportamento perigoso e inaceitável", da Rússia, depois da "ausência de uma resposta construtiva em relação ao que aconteceu em Salisbury".
Stoltenberg afirma que a ação agora tomada reflete as preocupações da Aliança Atlântica em matéria de segurança e fazem parte da resposta internacional perante a atuação da Rússia, que pretende "limitar" a capacidade de Moscovo para "espiar" o ocidente. Mas o secretário-geral afirma que não pretende fechar as portas do diálogo com Moscovo.
"A decisão de hoje não altera a política da NATO em relação à Rússia. A NATO continua empenhada na nossa abordagem dupla de forte defesa e abertura ao diálogo, inclusive trabalhando para preparar a próxima reunião do Conselho da NATO com a Rússia", afirmou.