Segurança

Mulheres têm dificuldades em entrar nas Forças Armadas e "serem aceites"

Sintra, 25/11/2016 - Cerimónia de encerramento do 127º curso dos Comandos, no Centro de Tropas Comandos na Carregueira em Sintra. (Filipe Amorim/Global Imagens) Filipe Amorim/Global Imagens

A investigadora Helena Carreiras defende que as mulheres podem ser a chave para reforçar as fileiras militares.

A Assembleia da República recebe esta quarta-feira a conferência "recrutamento militar: dificuldade e desafios", promovida pela comissão parlamentar de Defesa, numa altura em que o governo prepara medidas para reforçar a atratividade da carreira militar.

Em entrevista à TSF, a socióloga e professora universitária Helena Carreiras, especialista nos temas da Defesa e Forças Armadas, destaca sobretudo o decréscimo da representação feminina nas Forças Armadas.

Fomentar a participação das mulheres pode ser uma forma de colmatar as dificuldades no recrutamento militar, considera. No entanto, "há áreas em que é muito difícil as mulheres entrem, por um lado, e serem aceites, por outro".

Helena Carreiras foi a coordenadora de um estudo encomendado pelo ministério da Defesa para perceber as razões que levam os militares a sair das fileiras, visando a preparação das medidas legislativas para o reforço da atratividade da carreira militar. O estudo já foi concluído mas foi classificado como "confidencial" e não será divulgado.