Justiça

PJ realizou 52 buscas no âmbito da investigação sobre venda de imóveis dos CTT

Polícia Judiciária

A Polícia Judiciária realizou, esta quarta-feira, 52 buscas a domicílios, empresas, escritórios de advogados e entidades bancárias, no âmbito da investigação sobre a venda de dois imóveis dos CTT. O anúncio foi feito pela Procuradoria-Geral da República.

Fonte policial tinha dito anteriormente à agência Lusa que as buscas decorreram nas áreas de Lisboa, Coimbra, Porto e Madeira.

As diligências, adianta a nota da PGR, foram "ordenadas em inquérito criminal titulado pela 9ª secção do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa (DIAP), com investigação a cargo da Direcção Central de Investigação e Combate ao Crime Económico e Fiscal (DCICCEF) da Polícia Judiciária" e surgiram "na sequência de buscas já efectuadas" a 05 de Março último.

A acção de hoje "teve por objectivo o apuramento de actos relativos à administração dos ´CTT - Correios de Portugal SA` do período de 2002/2005, mais concretamente a alienação de dois imóveis, um sedeado em Coimbra outro em Lisboa".

Envolvidos estiveram "9 Juízes de Instrução Criminal, 14 Procuradores, 95 Inspectores da Polícia Judiciária, 12 peritos e 6 representantes dos Conselhos Distritais da Ordem dos Advogados", adianta a mesma nota da PGR.

A fonte policial que a Lusa tinha contactado anteriormente adiantou que estas diligências serviram "para recolher documentos que posteriormente serão analisados", não tendo mencionado a realização de detenções.

A notícia das buscas foi avançada hoje pela edição online do Expresso.

A investigação está relacionada com a venda de dois imóveis dos correios, ocorrida em 2003, e em causa estarão indícios de crimes na área da corrupção e da criminalidade económico-financeira, como participação económica em negócio e tráfico de influências.