Economia

Estudar mais um ano garante que o trabalhador ganhe mais 8% à hora

Lisboa, 15/09/2017 - Novos colaboradores das manhãs da TSF fotografados esta manhã na Escola Superior de Comunição em Lisboa. Manuela Ferreira Leite, Francisco Louçã, Carlos Carvalhas, João Cravinho, Bagão Félix, Eduardo Madeira, Ana Bola, Francisco Menezes, Jel e Mariana Cabral João Cravinho (Jorge Amaral/Global Imagens) Jorge Amaral/Global Imagens

João Cravinho defendeu, no espaço "A Opinião", da TSF, que a aposta na Educação tem de ser o caminho para a valorização salarial.

No espaço de comentário que ocupa semanalmente na TSF, "A Opinião", João Cravinho fez questão de sublinhar a relação determinante entre a escolaridade e o nível dos salários dos portugueses.

Apontando dados de vários estudos do Banco de Portugal, o antigo ministro indicou que, nos últimos 25 anos, o salário médio subiu 56%. Este aumento é explicado, em 78% dos casos, pela subida do nível educacional.

João Cravinho admite, no entanto, que, depois da crise - quando começou a existir mais desemprego entre pessoas com elevadas qualificações -, começou-se a desvalorizar o investimento do ensino superior. Uma tendência que, defende, tem de ser contrariada.

"Em média, um ano a mais de escolaridade garante entre 6,4% e 7,6% de aumento do salário por hora", sublinhou o socialista.

Ainda assim, João Cravinho reconhece que há fatores, como o género, que ainda são decisivos na divisão entre salários.

"O nível médio educacional das mulheres é mais elevado que o dos homens mas, em situação de trabalho semelhante, ganham bastante menos que os homens", apontou o comentador, referindo que é preciso investir em políticas de género.

João Cravinho considera ainda prioritário garantir a igualdade de acesso ao ensino a todos e o desenvolvimento das políticas de renovação do tecido empresarial, para aumentar o número de empresas qualificadas que podem tirar partido da crescente qualificação da mão-de-obra portuguesa.