Justiça

PGR diz ser «possível» concluir investigação até final do ano

O Procurador-Geral da República (PGR) admitiu, esta quinta-feira, que «até ao fim do ano é possível» que esteja concluído o inquérito «Operação Furação», que investiga diversas empresas e instituições bancárias por suspeita de fraude fiscal e branqueamento de capitais.

O Procurador-Geral da República (PGR) admitiu hoje que «até ao fim do ano é possível» que esteja concluído o inquérito «Operação Furação», que investiga diversas empresas e instituições bancárias por suspeita de fraude fiscal e branqueamento de capitais.

Pinto Monteiro, que falava aos jornalistas na Faculdade de Direito de Lisboa (FDL) após uma palestra sobre o tema «A Corrupção e o Desporto», não quis indicar uma data precisa para o termo das investigações, mas disse ter «um prazo na cabeça», admitindo que «até ao fim do ano é possível» a conclusão do inquérito.

Confrontado com duração da «Operação Furação», que começou no final de 2005, o PGR declarou: «O processo tem de terminar o mais depressa possível, porque é evidente que não podemos ter uma suspeição sobre centenas de sociedades. Isso é óbvio. Há um timing. Tenho tido reuniões frequentes, semanais ou pelo menos quinzenais, com a directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) (Cândida Almeida) para falar» sobre o caso.

Pinto Monteiro escusou-se a tecer outras considerações sobre a «Operação Furação», limitando-se a confirmar a realização de buscas recentes.

A «Operação Furação», uma das maiores realizadas em Portugal, tendo levado já à constituição de mais de 200 arguidos, teve esta semana, segundo a imprensa, novos desenvolvimentos com buscas efectuadas a empresas controladas pelos empresários madeirenses Joe Berardo, Horácio Roque e Jorge Sá, destinadas a recolher prova documental para o processo.

Até agora, várias empresas surgiram na imprensa associadas à Operação Furacão, incluindo as construtoras Mota Engil e Soares da Costa, a Porto Editora e a Texto Editora, além dos bancos em que começou a investigação - BES, BCP, BPN e Finibanco.