Carlos Moedas, comissário europeu para Investigação, Ciência e Inovação, mostrou-se entusiasmado com os resultados dos investigadores portugueses.
O Conselho de Europeu de Investigação anunciou, esta sexta-feira, os 269 vencedores do concurso de Bolsas Avançadas de 2017, entre os quais se encontram três portugueses.
Entre os nomes lusos, apenas um dos projetos de encontra sediado em Portugal - a DIGIMART, uma plataforma multifuncional de materiais digitais para aplicações inteligentes integradas, onde a responsável é Elvira Fortunato, da NOVA.ID.FCT.
Os outros investigadores estão em Zurique e Londres, Rahul Pandharipande para investigar MACI, módulos, ciclos algébricos e invariáveis no ETH Zurich e Caetano Reis e Sousa, do Francis Crick Institute, com DCPOIESIS, "uma solução em estado estacionário e orientada para a produção de células dendríticas".
Dos 653 milhões de euros destinados ao programa, 8,5 milhões são destinados aos projetos portugueses, no âmbito do Programa de Investigação e Inovação da União Europeia, o Horizonte 2020.
"É com grande entusiasmo que tenho visto os mais recentes resultados dos investigadores portugueses nas bolsas do Conselho Europeu de Investigação. Estes três investigadores agora premiados comprovam, mais uma vez, o trabalho de qualidade que os cientistas portugueses fazem, tanto no seu país como no estrangeiro. Estas Bolsas Avançadas têm apoiado investigadores de excelência desde 2007", afirmou Carlos Moedas, comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, num comunicado enviado às redações.
O eurodeputado social-democrata refere ainda que estes casos "são um grande exemplo de como o financiamento europeu pode ajudar a expandir as fronteiras da ciência e do conhecimento, dando as ferramentas e os recursos necessários para que se continue a produzir investigação inovadora e de alto risco, garante da competitividade europeia a nível global".
As bolsas em causa dirigem-se a "investigadores de qualquer idade que sejam cientificamente independentes e tenham um historial de pesquisa recente de alto nível, um perfil que os identifique como líderes nos seus campos de trabalho".
Em causa está um financiamento que é de até 2,5 milhões de euros por bolsa, podendo ir até aos 3,5 milhões de euros em casos excecionais.