Mundo

Lula quer evitar confrontos com a polícia, defende Tarso Genro

Lisboa, 19/1/2018 - Tarso Genro, posa na Avenida da Liberdade. Advogado, jornalista, professor universitário, ensaísta, poeta e político brasileiro filiado ao Partido dos Trabalhadores foi ministro em governos liderados por Lula da Silva. Reinaldo Rodrigues/Global Imagens

O antigo ministro de Lula da Silva disse à TSF que o ex-presidente brasileiro está a tentar poupar os apoiantes a uma situação de violência policial.

Tarso Genro afirma que Lula da Silva está a evitar expor os "milhares de pessoas" que o estão a apoiar, junto ao Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, a confrontos.

Em declarações à TSF, o antigo ministro de Lula da Silva e líder do Partido dos Trabalhadores (PT) defendeu que está a acontecer uma "transação política para que o [antigo] presidente não exponha aquelas pessoas, milhares de pessoas, que estão cercando o Sindicato dos Metalúrgicos".

Tarso Genro garante que Lula está ainda em negociações com a Polícia Federal porque não quer "expor essas pessoas a uma violência [policial] que seria profundamente desigual".

"Em função disso, haveria uma apresentação do presidente, mas não em Curitiba., ali em São Paulo, no próprio sindicato, de uma maneira transacionada", revelou.

Tarso Genro que não está em São Bernardo do Campo, São Paulo, no cerco ao Sindicato dos Metalúrgicos, mas que garante estar em permanente contacto com os camaradas do PT.

O antigo líder do PT classifica a detenção de Lula como uma "prisão política".

Para Tarso Genro, a prisão de Lula é uma continuação do golpe de Estado que começou com o impeachment de Dilma Rousseff.

"Há uma continuidade do golpe. À medida que Dilma foi retirada do poder, através de um artifício, nós entrámos numa situação de anormalidade democrática o país e com atos de exceção muito claros", alegou.