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Palestina exige que Conselho de Segurança ONU tome posição sobre mortes

epa06522872 Palestinian refugee students a protest against US decision to cut aid in Gaza City, 13 February 2018. According to media reports US President Donald Trump had vowed to freeze about 125 million US dollar of aid for the United Nation Relief and Works Agency (UNRWA) for Palestine Refugees. EPA/MOHAMMED SABER Mohammed Saber/EPA

A Palestina exigiu uma reação do Conselho de Segurança da ONU à morte de nove pessoas pelas tropas israelitas durante os protestos ocorridos naquele dia na fronteira de Gaza com Israel.

Fazendo um balanço de sexta-feira, o embaixador palestiniano na ONU, Riyad Mansur, disse a jornalistas: "Pelo menos, nove palestinianos foram mortos, incluindo uma criança, e mais de mil foram feridos".

Estes números, recordou, elevam para cerca de 30 o número de mortos desde há oito dias e para mais de 2.500 o número de feridos.

Mansur denunciou que Israel está a cometer um "massacre" e criticou os seus dirigentes por desrespeitarem os apelos à moderação por parte da comunidade internacional.

Este diplomata exigiu ao Conselho de Segurança que assuma a sua "responsabilidade" e se pronuncie sobre a questão, enviando um sinal claro a Israel.

Há uma semana, na sexta-feira, os EUA bloquearam uma proposta de declaração sobre os confrontos em Gaza, que pedia, entre outas coisas, uma investigação independente dos factos e que contavam com o apoio dos outros membros.

O Kuwait, membro do Conselho de Segurança, anunciou hoje que tinha proposto um outro texto similar, mas que a sua aprovação tornou a ser impedida pelos EUA, disseram fontes diplomáticas.

Entretanto, o embaixador israelita na ONU, Danny Danon, atacou a proposta do Kuwait e afirmou que Conselho de Segurança deveria "condenar o Hamas por utilizar crianças como escudos humanos".

Em comunicado, Danon defendeu que as manifestações em Gaza não foram protestos pacíficos, mas sim "violentos" e apelou ao Conselho de Segurança para que peça o fim das "provocações".