As medidas fazem parte dos programas pessoas seguras e aldeias seguras, apresentados esta segunda-feira pelo Governo.
O programa Aldeias Seguras e Pessoas Seguras vai criar abrigos em cerca de 6 mil aglomerados, em mais de 1000 freguesias. Ao todo, mais de metade dos concelhos do país - em concreto, 189 concelhos - vão ter um plano de evacuação e um abrigo previamente definido. A operação de retirada e aviso à população será coordenada por um oficial de segurança da aldeia, um cargo voluntário.
É esse oficial, escolhido pela população, que vai tocar o sino da igreja ou andar de casa em casa a alertar para o perigo de fogo e, no pior dos casos, a organizar a evacuação para os abrigos.
Os abrigos devem ser espaços fechados, grandes com tetos altos e localizados em zonas de fácil acesso. Vão estar equipados com um rádio e com fontes autónomas de energia caso existiam cortes de luz.
Em entrevista à TSF, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, deu exemplos de instalações que podem ser transformadas em abrigos em caso de incêndio.
Estes locais de refúgio ficam à disposição de qualquer pessoa sejam moradores, turistas ou até bombeiros. Para lá conseguirem chegar, os abrigos devem estar bem sinalizados.
Eduardo Cabrita explica que a escolha do oficial de segurança fica ao critério de cada junta de freguesia.
O programa Aldeias Seguras e Pessoas Seguras, apresentado esta segunda-feira pelo Governo, prevê também a distribuição de dez mil kits de sobrevivência, que são mochilas com lanterna, rádio, uma máscara de proteção contra o fumo, um sinalizador de presença e material de primeiros socorros.
A parceria entre a proteção civil, as autarquias e freguesias arranca já este mês, com o Governo a destinar dois milhões de euros para a primeira fase.
O acordo é assinado esta segunda-feira, na aldeia de Vale Florido, no concelho de Ansião. O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, vai estar na cerimónia.