Presidente do PS está de consciência tranquila em relação ao pagamento das deslocações para deputados das ilhas.
Carlos César, presidente do Partido Socialista e antigo líder do Governo Regional dos Açores, reagiu ao caso das despesas das deslocações dos deputados das ilhas, na antena da SIC Notícias, defendendo que é um "procedimento legal e eticamente irrepreensível".
O socialista assegura que não pretende devolver os apoios, já que não acredita que se trata de algo ilegal. "Se eu tivesse alguma convicção pessoal de que este procedimento era ilegal ou eticamente incorreto, não era agora que vinha devolver, eu nunca ia receber esses apoios", justificou.
"Eu recebo um abono para ajuda a deslocações como todos os deputados da Assembleia da República recebem, os dos Açores, os da Madeira, os de Faro, os de Bragança, os do Porto, os de Braga... e, além disso, pago os meus bilhetes de avião como todos os açorianos pagam. Ou seja, usando a tarifa de residente", explica o socialista.
O presidente do PS justifica que este procedimento "sempre foi usado na AR", já que estão em causa "duas coisas com razões muito diferentes: uma resulta da minha condição de deputado, outra resulta da minha condição de açoriano".
Na mesma senda, o ex-presidente do governo dos Açores foi perentório: "Sou açoriano, tenho morada de família nos Açores, tenho lá o meu círculo eleitoral e uso de um direito que é também um dever. Eu não posso, por entrar num avião, deixar de ser açoriano".
Mais ainda, prosseguiu o socialista, "os deputados aqui no continente também têm uma verba para deslocações e também beneficiam de descontos, em que há acordos com a própria Assembleia para reduzir os preços da CP".