No Fórum TSF, esteve em debate a proposta do Governo para aumentar a percentagem mínima de mulheres nas listas eleitorais dos partidos políticos.
O Parlamento discute, esta quinta-feira, a atualização da Lei da Paridade e o Governo espera que a lei seja aprovada, apesar das reticências de alguns partidos, à esquerda e à direita.
A lei estipula a subida da presença mínima de mulheres nas listas eleitorais de um terço para 40%, além de obrigar a indicação de um género diferente, de três em três nomes, nas listas.
No Fórum TSF, a secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, manifestou convicção quanto à aprovação da lei no parlamento.
Elza Pais, deputada do PS, reconheceu que pode haver dificuldades na aplicação da lei (por exemplo, nas listas candidatas às juntas de freguesia), mas defende que isso não pode travar um processo que é importante para a igualdade das mulheres no país.
Entre a oposição à medida por parte dos partidos, a mais vincada é a do PCP. A deputada Rita Rato afirmou que o partido é contra este método de entrada forçada das mulheres na vida política.
A favor da Lei, está o Bloco de Esquerda. A deputada Sandra Cunha disse, no Fórum TSF, reafirmou que o Bloco de Esquerda é um partido feminista e que a lei em causa é essencial.
Já o CDS vai dar liberdade de voto aos deputados do grupo parlamentar em relação a esta matéria. O líder parlamentar centrista, Nuno Magalhães, assume que há várias posições dentro do partido sobre a proposta do Governo mas que, a título pessoal, não aprova a medida.
Também os deputados PSD deverão ter liberdade de voto sobre o tema. No Fórum TSF, pelo PSD, a deputada Sandra Pereira confirmou o apoio à proposta do Governo, que diz vir corrigir desequilíbrios que são evidentes.