Líder do PCP contou que os metalúrgicos tinham um evento preparado para o 1 de Maio de 1974.
Jerónimo de Sousa esteve presente nas comemorações do 25 de Abril, na Avenida da Liberdade, como já é habitual e recordou o ano de 1974, em que era dirigente sindical dos metalúrgicos.
"Antes do 25 de Abril era dirigente sindical dos metalúrgicos estávamos a preparar um grande 1.º de Maio, no Rossio, em 1974, que era proibido. A lista dos metalúrgicos estava identificada pela polícia política e íamos ser todos presos no dia 30 de abril. Foi à tangente e quem acabou de ser detido foi a polícia política. Este é um momento de afirmação popular, confirmado em maio e depois no grande 25 de Abril no ano seguinte, em 1975", relembra o líder comunista.
Jerónimo realça ainda que "44 anos são muitos anos, podia haver um afastamento e no entanto esta participação [nos festejos] tem grande atualidade, o que significa que Abril tem raízes profundas no coração e no sentir do povo português".
Questionado sobre o discurso do Presidente da República, o líder do PCP explica que "há uma omissão que é ir às causas porque se verificam estes avanços populistas, conceitos messiânicos e os objetivos que tem por detrás, porque não basta fazer uma crítica geral sem ir à causa dos problemas que justificam esta preocupação aqui manifestada".