Ambiente

Quercus alerta para peixes mortos em albufeira de abastecimento público

Fotos de peixes mortos no Mogadouro foto de Francisco Pinto (arquivo)

Quercus vai apresentar uma queixa no Ministério Público por crime ambiental.

Dezenas de peixes apareceram mortos nos últimos dias na albufeira de Santa Águeda, em Castelo Branco, e a água apresenta uma coloração verde e um "cheiro forte", alertou esta quarta-feira um dirigente da Quercus.

Além de peixes mortos e vários animais invertebrados a água apresenta um cheiro nauseabundo e coloração esverdeada.

Esta é uma albufeira de abastecimento público de parte do concelho do Fundão, Castelo Branco, Vila Velha de Ródão e Idanha-a-Nova, lembra o ambientalista, pelo que pode estar em causa a saúde pública.

"Ligamos ontem [terça-feira] à APA e ninguém atendeu. A situação é esta. É uma vergonha o que está ali a passar-se. Há um desinteresse total por parte da APA, o que nos parece grave e negligente. O SEPNA (Serviço de Proteção da Natureza da GNR) não tem meios. Estava no local, mas não tem meios para fazer a recolha e as análises", sustentou.

Contactada pela TSF, a autarquia de Castelo Branco confirma a existência de uma denúncia por parte da Quercus.

O presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, adianta que a autarquia está a recolher recolher informação sobre o que aconteceu na albufeira de Santa Águeda.

À Lusa, o Ministério do Ambiente diz que a Águas de Portugal não registou qualquer alteração na qualidade da água da albufeira de Santa Águeda, em Castelo Branco.

Questionada pela TSF, a agência Portuguesa do Ambiente, através da sua Administração Hidrográfica do Tejo Oeste (APA/ARHTO), diz que apenas encontrou 9 peixes mortos na albufeira em causa. "Por se encontrarem em avançado estado de decomposição, não foi recolhido para análise qualquer exemplar".

Foi também encontrada junto à margem "uma pelicula amarela/verde clara à superfície da água", esta sim recolhida para análise.

[Notícia atualizada às 19h35]