De 278 municípios, só 100 têm planos aprovados ou dentro do prazo de revisão. A ANMP repudia as declarações de antigos responsáveis da Proteção Civil.
A Associação Nacional de Municípios Portugueses repudia e considera ofensiva a linguagem utilizada por dois ex-dirigentes da Proteção Civil Nacional.
Em comunicado, a associação considera mesmo que as declarações proferidas são reveladoras da ausência de idoneidade dos seus autores.
Em declarações ao Jornal de Notícias, Duarte Caldeira, antigo presidente deste organismo, considerou "ignorância militante" o facto de dois terços das câmaras municipais não terem planos de emergência municipais atualizados e "arrogância ignorante" foi o também termo usado pelo ex-comandante da Proteção Civil Manuel Veloso.
Perante a notícia, a Associação Nacional de Municípios esclarece que o facto de um plano Municipal de Emergência não ter sido alvo de revisão formal não significa que ele esteja desajustado da realidade.
A atualização e revisão dos planos, diz a ANMP, só se justifica se ocorrer uma modificação relevante da realidade do território e dos respetivos riscos, nomeadamente quando são identificadas novas vulnerabilidades.
A Associação garante que os Municípios Portugueses, na generalidade, têm os seus Planos Municipais de Emergência atualizados, estando alguns em processo de revisão ou atualização tendo em conta as novas exigências da Proteção Civil.
A mesma notícia informava que dos 34 municípios que têm indústrias perigosas nos seus concelhos só três tinham os planos válidos. Mas a ANMP contra-argumenta: Sublinha que, de acordo com diretivas europeias, há Planos das Indústrias de Especial Perigosidade que têm que ser feitos pelas próprias empresas e que cabe à Agência Portuguesa do Ambiente fazer o controlo e a sua supervisão.
Em comunicado a Associação garante que os autarcas são cidadãos cumpridores da lei, zeladores do bem-estar das populações e que estão garantidas todas as condições para salvaguardar pessoas e bens.