Milhares de palestinianos reuniram-se na fronteira no Dia da Ira, que acontece na mesma altura da transferência da embaixada dos EUA de Telavive para Jerusalém.
Pelo menos 55 palestinianos morreram e mais de 2.700 ficaram feridos esta segunda-feira em protestos junto à fronteira com Gaza contra a transferência da embaixada dos EUA de Telavive para Jerusalém, informa a agência Reuters.
Segundo o ministro palestiniano da saúde há seis menores entre os mortos por balas, golpes, contusões ou inalação de fumos na sequência dos confrontos com soldados israelitas.
Milhares de palestinianos reuniram-se esta segunda-feira em vários pontos da fronteira e pequenos grupos tentaram aproximar-se das barreiras de segurança que estão fortemente vigiadas pelo Exército.
Segundo a agência espanhola EFE, as forças israelitas, que haviam alertado a população para não se aproximarem da linha divisória, dispararam gás lacrimogéneo contra os manifestantes para impedir que eles se aproximassem do portão de segurança.
A embaixada da polémica
O Exército israelita espera que dezenas de milhares de palestinianos participem nos protestos contra a transferência da embaixada dos Estados Unidos de Telavive para Jerusalém.
Em panfletos lançados por caças, o Exército israelita avisa que "atuará contra qualquer tentativa de danificar a vedação de segurança ou atacar soldados ou civis israelitas".
Na terça-feira, os palestinianos assinalam o 'Nakba' (desastre, em árabe), que designa o êxodo palestiniano em 1948, quando pelo menos 711 mil árabes palestinianos, segundo dados da ONU, fugiram ou foram expulsos das suas casas, antes e após a fundação do Estado israelita.
(Notícia atualizada às 22h38)