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Benjamin Netanyahu justifica uso da força com necessidade de defender fronteiras

epa06735908 Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu gestures as he speaks during the opening ceremony at the US consulate that will act as the new US embassy in the Jewish neighborhood of Arnona, in Jerusalem, Israel, 14 May 2018. The US Embassy in Jerusalem is inaugurated on 14 May following its controversial move from Tel Aviv to the existing US consulate building in Jerusalem. US President Trump in December 2017 recognized Jerusalem as Israel's capital. The decision, condemned by Palestinians who claim East Jerusalem as the capital of a future state, prompted worldwide protests and was met with widespread international criticism. EPA/ABIR SULTAN EPA

Pelo menos 52 palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza por soldados israelitas esta segunda-feira.

O primeiro-ministro israelita defendeu esta segunda-feira o uso da força na faixa de Gaza com o direito que o país tem de defender as fronteiras contra a organização "terrorista" Hamas, após a morte de 52 palestinianos sob fogo israelita.

"Todo o país tem a obrigação de defender o seu território", escreveu Benjamin Netanyahu na sua conta na rede social Twitter.

"A organização terrorista do Hamas continua a proclamar a sua intenção de destruir Israel e é com esse fim que envia milhares de pessoas para forçarem a fronteira", acrescentou, assegurando que Israel continuará a agir "com determinação" para o evitar.

Cinquenta e dois palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza por soldados israelitas na fronteira, onde dezenas de milhares protestavam contra a transferência para Jerusalém da embaixada dos Estados Unidos em Israel, indicou o Ministério da Saúde local.

De acordo com um novo balanço, estas mortes elevam para 106 o número de palestinianos mortos na Faixa de Gaza desde o início, a 30 de março, de um movimento de contestação em massa, e fazem também de hoje o dia do conflito israelo-palestiniano com mais mortes desde a guerra do verão de 2014 no enclave palestiniano.

Entre os 52 civis palestinianos hoje abatidos a tiro pelo exército israelita, contavam-se "oito crianças com menos de 16 anos", afirmou o embaixador palestiniano na ONU, Riyad Mansour, em conferência de imprensa, acrescentando que "mais de 2.000 palestinianos ficaram feridos" durante os protestos.

A Faixa de Gaza é palco de confrontos desde o final da manhã, com os palestinianos a manifestarem-se contra a inauguração da embaixada dos Estados Unidos, que ocorreu hoje à tarde na Cidade Santa.