Ângelo Ramalho é o convidado desta semana do programa A Vida do Dinheiro.
A eletricidade, o passado, o presente e o futuro de uma fonte de energia que assume uma importância cada vez maior nas nossas vidas e que já revolucionou todo o conceito de mobilidade. Se há área em que Portugal é pioneiro é aqui. Concebemos, construímos, exportamos tecnologia que permite a empresas como a Efacec combater as dificuldades obrigando-se a ser inovadora. A marca tem quase 70 anos e a marca está presente em 65 países.
Licenciado em engenharia mecânica pela Universidade do Porto e com o programa de alta direção de empresas da AESE acumula já uma larga experiência profissional em várias empresas ligadas ao ramo da energia. Chegou a Efacec em outubro de 2015. Ângelo Ramalho é o convidado desta semana.
A Efacec conseguiu aumentar os resultados líquidos consolidados de 4,3 para 7,5 milhões de euros, resultados apresentados esta semana. O que é que explica estes resultados?
Antes de mais referenciar que 2017 confirma a competitividade e sustentabilidade da Efacec, não só pelo resultado líquido mas por uma série de indicadores que demonstram que a empresa hoje é já uma empresa de futuro. Em 2016, pela primeira vez desde há muitos anos, conseguimos resultados líquidos e em 2017 confirmamos esses resultados positivos. Em 2017 crescemos 22% em novas encomendas e foi um ano onde entraram cerca de 500 milhões de euros de novas encomendas e isto é falar do futuro da empresa. Melhoramos do ponto de vista das operações e da margem operacional e melhoramos o nosso ebita em cerca de 1 milhão de euros. No final do dia, o resultado líquido traduz também esta melhoria significativa da performance da empresa. Mas estes são ainda pequenos passos de um longo caminho que a Efacec está a percorrer.
Com pedras?
Tem pedras mas temos de contornar. É um caminho da competitividade, do ponto de vista dos produtos e soluções que desenvolvemos, dos mercados em que estamos inseridos e dos concorrentes que temos de enfrentar, muitos que são multinacionais que têm negócio da dimensão do PIB português. Isto dá uma noção da grandeza das situações com que nos deparamos no dia a dia.
Essas pedras, uma delas tem que ver com a reestruturação e notícias que temos lido nos últimos dias, nomeadamente o despedimento coletivo. Quando é que esta reestruturação estará terminada e porquê a necessidade deste despedimento coletivo que foi anunciado?
A empresa está a crescer e também em número de pessoas. A Efacec é uma empresa de conhecimento que convertemos depois em tecnologias, que convertemos depois em serviços e projetos mas na base são as pessoas porque são elas que detêm o conhecimento e não as máquinas. 2018 é o primeiro ano de um processo de crescimento também em número de pessoas. Precisamos de mais competências e mais capacidade, precisamos de mais talento. Ao fazermos 70 anos chegamos aqui porque a empresa também é uma empresa de talento mas hoje no mercado competitivo, no mundo em mudança de paradigma, o talento é a questão estrutural na vida das organizações empresariais. Captar, desenvolver, reter talento e o talento não está só nas pessoas altamente qualificadas do ponto de vista académico - também os temos - está em todos os níveis da organização, mesmo ao nível do chão de fábrica. Neste processo de crescimento temos uma unidade de negócio que tem decrescido. Nos últimos anos a unidade de negócio de transformadores e em particular na linha de transformadores de potência teve uma redução de mais de 40% de mercado. 40% em 3 anos é uma violência do ponto de vista da redução de mercado. Esta realidade afeta todos os concorrentes em todas as geografias. Há concorrentes nossos que estão a fechar unidades industriais desta natureza na Europa.
Porque deixaram de ter procura?
Não os vou citar porque seria falta de cortesia da minha parte. Um deles foi em Portugal, uma fábrica de transformadores que fechou há dois anos. A fábrica de transformadores da Efacec tem todo o futuro se soubermos cuidar dela, se percebermos a realidade de mercado em que operamos e ajustarmos as nossas capacidades a essa realidade de mercado. É nesse contexto que num processo prolongado no sentido de maturado chegamos conclusão de que tínhamos 49 pessoas para quem tínhamos de encontrar um futuro diferente que não na unidade de transformadores. E desde há cerca de 2 anos, em programas de mobilidade interna que a empresa tem permanentemente abertos, procuramos realocar as pessoas noutras unidades de negócio e onde houvesse uma adequada adaptação de perfil da pessoa e da função em causa. Em contraponto com a realidade desta unidade de transformadores, a unidade elétrica está em crescimento exponencial e é em potencial um forte empregador. Resultou daqui que há um grupo de trabalhadores que se recusam a procurar uma solução alternativa para postos de trabalho que eles continuam a querer defender mas que em boa verdade não existem. Para essas situações anunciamos recentemente, numa situação bem ponderada, uma intenção de despedimento coletivo. Até lá há toda a oportunidade para conseguirmos encontrar consenso para resolvermos estas situações.
Esse despedimento anunciado era de 21 trabalhadores mas acabou de falar de 49. Haverá mais?
Estes 21 são o remanescente de um grupo de 49. Houve 28 com quem foi possível ou encontrar uma nova função dentro da empresa ou uma solução negociada para a sua saída que envolve um pacote negocial que os leva a uma nova condição de emprego que nãos será a Efacec.
O que está a dizer é que a empresa não teve alternativa e que avançou para o despedimento coletivo porque os trabalhadores não deixaram alternativa?
Em bom rigor é isso.
A empresa está disponível para voltar atrás na intenção do despedimento coletivo...
Não.
... se estes trabalhadores quiserem negociar?
Certamente que o processo de negociação está sempre aberto.
Para serem realocados ou para saírem da empresa?
Depende das situações, temos de ver caso a caso.
Se algum dos 21 trabalhadores mudar de ideias e quiser ser realocado, a empresa está disponível?
É importante que converse connosco.
O senhor garantiu que não ia haver despedimentos na Efacec. Aliás uma das críticas que lhe é feita, sobretudo por parte do BE, é ter dito no Parlamento que não ia haver despedimentos e agora haver um coletivo de 21 pessoas. O que aconteceu foi isto que acabou de explicar... não deu o dito pelo não dito?
O que disse no parlamento está disponível na internet, na íntegra. E eu não disse isso. O que disse foi que a empresa desenvolve todas as soluções negociais com vista a obtermos colocação ou saída negociada para cada um desses trabalhadores mas disse também de forma clara que usaríamos de todas as prerrogativas que a lei nos permite para que estas situações se resolvessem. O caminho foi claramente assinalado. Não há dito por não dito, não há informação e desinformação.
Acha que este processo dos 21 trabalhadores está a ser orquestrados pelos sindicatos? Nos 21 estão 5 delegados sindicais.
Não queria comentar isso porque obviamente que as comissões de trabalhadores e os sindicatos fazem o papel deles e é com toda a legitimidade e contra isso, nada.
Quando os sindicatos acusam a empresa de estar a fazer uma purga, isso merece-lhe algum comentário?
Deixe-me pôr ao contrário. Porque as pessoas são sindicalizadas ou porque têm uma função numa comissão de trabalhadores não são elegíveis para programas destes? Certamente que não, certamente que não. O critério com que chegamos a este grupo de pessoas é um critério robusto e sobre eles faremos prova junto das entidades competentes que supervisionam estes processos.
Falando ainda da reestruturação, desde julho do ano passado terão saído cerca de 150 colaboradores da empresa. Qual é o número total que a empresa pretende reduzir?
A empresa não pretende reduzir...
Ou a substituir por novas competências?
A empresa está a crescer. Esta empresa de conhecimento que se posiciona para mercados cada vez mais competitivos com soluções cada vez mais desenvolvidas do ponto de vista de requisitos dos nossos clientes - estamos a falar numa indústria de tecnologia - impõe-nos primeiro que saibamos quais são as necessidades do mercado e tentar antecipá-las, de preferência, e desenvolvermos as nossas competências para lhes darmos resposta. Isto da gestão das pessoas é uma das atividades mais críticas nas empresas e tem de ser muito cuidada. O importante é que em cada momento percebermos se temos as pessoas certas para os os objetivos a que a empresa se propõe. Este processo passa sempre por reforço e competências, requalificação, formação. Aproveito o momento para ilustrar o que estamos a fazer nessa matéria: este ano acabamos de anunciar a nova master academia Efacec, onde procuramos reforçar competências, do lado comportamental, da liderança e da gestão, das questões mais tecnológicas, mais até em sentido estratégico do que da tecnologia em si, as questões da diversidade, a igualdade de género são questões que hoje fazem parte das nossas preocupações e estão em mutação permanente. A mudança é a rotina de hoje e quem não compreender isto tem mais dificuldade em contribuir para o desenvolvimento das organizações e em viver dentro delas com níveis de ansiedade controláveis. O que queremos são pessoas de mente aberta, disponíveis para a mudança, que sejam elas próprias motores de mudança, líderes em processos de mudança e é com estes princípios que vamos procurando motivar e alinhar toda a gente para que todos os objetivos a que nos propomos vão sendo construídos dia a dia. Os momentos bons são quando recrutamos, os menos bons são quando temos de fazer ajustamentos seja de que natureza forem. As pessoas quando chegam ao fim da sua vida útil saem das empresas porque se reformam, as pessoas algures durante a sua vida profissional fazem momento de inflexão e saem das empresas porque encontram projetos mais interessantes ou também as empresas e as pessoas chegam a acordo porque naquele momento os seus interesses não convergem e há uma situação negociada que os faz mudar de rumo. É esta dinâmica que temos de saber gerir de forma equilibrada porque quando se trata de pessoas, trata-se sempre do principal ativo das organizações.
O governo abordou a extensão do estatuto da empresa em reestruturação para áreas como a energia e a engenharia que previa a possibilidade de rescisão com 409 trabalhadores entre 2017 e 2019. Tendo em conta o que acabou de dizer posso deduzir que não conta rescindir com mais ninguém...?
Esse estatuto foi pedido em 2013 e terminaria em 2016 e nesse ano pedíamos a sua extensão até ao final de 2018 e de facto previa a possibilidade de negociarmos de forma amigável com 409 pessoas. Não chegaremos lá mas há um número significativo de pessoas com quem já negociamos.
O que é um número significativo?
Cerca de 200 pessoas. E o número que temos previsto para 2018 é este que já aqui falamos. Esse programa terminará no final do ano.
Já negociaram com cerca de 200 e conta chegar a quantas, não chegando às 400?
Os números são 200 e algumas pessoas.
Vai ficar pela metade, na prática?
Pouco mais de metade possivelmente. Sublinhar, uma vez mais, soluções negociadas e de interesse de ambas as partes.
Está marcada uma nova greve parcial para 23 de maio devido a esse despedimento. Que comentário lhe merece? 2017 e 2018 têm sido anos marcados por forte instabilidade laboral...
O comentário é simples. O direito à greve é um direito de todos os trabalhadores e nós temos o maior respeito por isso. Se me perguntar se as greves são justificadas, do meu ponto de vista não.
É parcial porquê? É só nos transformadores de potência que vai acontecer?
Não, é no sentido em que será de 2h no período da manhã e 2h no período da tarde. Está convocada e do ponto de vista não se justifica, como não se justificaram as greves anteriores. Aliás tiveram uma adesão mínima e a empresa manteve a sua laboração normal. Bem sei que isto depois comentado entre os trabalhadores e de quem os representa tem uma perspetiva diferente.
Sem este processo de rescisões amigáveis e sem esta reestruturação, a viabilidade e financeira da empresa ficava em causa?
Claro que sim. A empresa tinha e continua a ter, hoje com uma intensidade menor e num contexto de rotina, a capacidade de se adaptar às realidades de mercado que enfrenta, é público que a Efacec viveu um período de dificuldades prolongadas entre 2010 e 2015, que esteve em rutura, em falência técnica e é evidente que quando as organizações empresariais chegam a este limite, imediatamente a seguir são necessárias terapêuticas de gestão que as reavivem, que lhes criem dinâmicas novas e que as foquem em objetivos ambiciosos ajustados à capacidade da organização. Como vos ilustrei, são caminhos longos onde é exigido muito foco, muito alinhamento, muita perseverança e certamente que no percurso teremos momentos de discórdia mas o que interessa é o rumo que estamos a dar à organização. Depois desse período longo de depressão, a empresa hoje é já uma empresa de futuro. Dois anos consecutivos de resultados positivos, 2017 claramente melhor de 2016 mas ainda assim um pequeno passo para o que a empresa precisa para ser perene e para que algures daqui a 70 anos esteja aqui alguém a festejar os 140.
Neste processo de renascimento como é que tem corrido a relação com a acionista maioritária, o Interfel, com 66%, que é de Isabel dos Santos?
Normalmente não faço comentários pelos meus acionistas, mais não seja porque são eles que me escolhem e não eu a eles. O que digo é que temos um suporte claro dos acionistas e é evidente esse suporte e ainda bem recentemente durante a inauguração da fábrica nova da mobilidade elétrica isso ficou patente. Isso dá-nos conforto mas também demonstra o nível de exigência e ambição que temos.
Definiu como objetivo triplicar o peso da mobilidade elétrica na atividade das Efacec, antevendo um crescimento de 2 a 3 dígitos ao ano, para chegar perto dos 100 milhões em 3 anos. Acha que este objetivo está ao alcance?
Acho, não posso ter dúvidas. É evidente que depois o caminho faz-se caminhando. Todos os dias temos de corrigir aspetos menos positivos desse caminho. A mobilidade elétrica é um sentido incontornável da mobilidade. Ela é potenciadas por várias razões, desde logo porque há uma mudança de paradigma no setor na energia, hoje produz-se energia de fontes renováveis a preços tão competitivos que era inimaginável imaginar isto há 10 anos... do lado dos veículos a evolução tecnológica forte que tem existido e tem permitido que as baterias na sua densidade energética e o custo tenha baixado em catadupa, nas tecnologias do veículo tem havido desenvolvimentos imensos, os veículos hoje têm imensos gadgets que levam à possibilidade de termos veículos de condução autónoma disponíveis. A mobilidade elétrica precisa de ser resolvida do ponto de vista da infraestrutura porque se não a tivermos com certeza que não se vai longe.
A tecnologia está a andar mais depressa que os governos e a política?
Normalmente é assim.
O que é que seria importante resolver já para que a mobilidade avançasse mais rápido?
A mobilidade elétrica está a avançar muito rápido...
Do ponto de vista tecnológico mas todos os utilizadores se queixam das infraestruturas, da falta de carregadores, da capacidade das baterias...
Sim, sim, mas está a andar rápido. Do ponto de vista expectativa dos clientes é uma coisa da visão do sistemas e de ver como é que se está a desenvolver n\ao é a mesma coisa. Obviamente que as expectativas dos clientes têm de ser satisfeitas mas do ponto de vista de mercado, o processo da mobilidade elétrica se está a afirmar. Em 2016 atingiu-se o valor global de dois milhões de veículos puramente elétricos os híbridos plug-in e este crescimento não para. Pensem num número simples: o mercado automóvel mundial valerá em 2019 cerca de 100 milhões de veículos ao ano. Mesmo que uma pequena muito pequena seja de veículos elétricos ou híbridos plug-in e que vão acumulando ano após ano, este mercado vai-nos permitir chegar a 2025 com 10, 15, 20 milhões de veículos e será essa base instalada expectável.
A Efacec está muito centrada no negócio da mobilidade elétrica. Qual é o plano de negócios para esta área no que toca a vendas, rentabilidade, no que toca a ganhar concursos internacionais (consta que ganharam nos EUA mas perderam muitos outros). Qual é a estratégia nesta área?
Sim, sim. Deixe-me dizer que somos líderes na mobilidade no mercado do carregamento rápido e ultra-rápido. Sermos líderes não quer dizer que estejamos sozinhos e portanto ganhamos e perdemos e a vocação é mantermos essa liderança e temos bons atributos para o podermos fazer. E são: temos a melhor tecnologia do mundo a capacidade de convertê-la em produtos e produzi-los na nossa unidade da Maia - foi inaugurada este ano e vai permitir triplicar a nossa capacidade só num turno. O que queremos é tão simples quanto isto: dobrarmos todos os anos o nosso volume de faturação com níveis de rentabilidade e sustentabilidade inerentes. Esta vontade de dobrarmos todos os anos a nossa presença no mercado é uma vontade manifesta, tem riscos mas é para os resolver que estamos cá.
Como é que definiria o mercado português neste momento no que diz respeito à mobilidade elétrica? Estamos atrasados ou estamos no ponto de rebuçado?
O mercado português foi pioneiro e isso permitiu a uma empresa portuguesa ser pioneira no desenvolvimento de tecnologia - e essa empresa foi a Efacec. Haverá quem possa dizer, e não deixa de ser verdade, que talvez tivéssemos começado um bocadinho antes de tempo, talvez tivéssemos colocado as expectativas para além do que seria razoável nos anos de 2008/2009, talvez deixado um sistema com condições de operação deficitárias que resulta depois em utilizadores queixosos porque os equipamentos não estão disponíveis ou avariados. Também sabemos que de há dois anos para cá este governo tem voltado a reimpulsionar todo o crescimento da rede, agora com equipamentos mais modernos e sofisticados e também novos operadores de sistema que estão a aparecer para além do MOBI.E.
Em que é o governo pode ajudar mais?
O governo o que pode é facilitar, depois o mercado tem de funcionar e o governo facilita criando um ambiente regulatório propício, favorável e do ponto de vista dos operadores de mercado é entenderem esses regulamento e aproveitarem das oportunidades que acontecem todos os dias. Do ponto de vista dos fabricantes de automóveis, a panóplia de modelos vai crescendo, a competitividade vai crescendo a nível de custo, do ponto de vista dos operadores de sistema, as máquinas que abastecem esses veículos permitem soluções mais convenientes, tempos de abastecimento mais curtos. Certamente não vamos acabar com todos os combustíveis fósseis que são hoje utilizados - e serão nas próximas décadas - mas é um processo de mudança e as mudanças têm sempre processos de ajuste, às vezes até dolorosos.
Para além da fábrica de supercarregadores há outros investimentos em carteira por parte da Efacec que avancem em breve?
Deixe-me reforçar a ideia de que o primeiro investimento é em pessoas e no desenvolvimento das pessoas. Dito isto, todos os anos investimos 13 a 15 milhões de euros em investigação e desenvolvimento. Não há muitas empresas que invistam em valor absoluto 15 milhões de euros nestas áreas e não o fazemos por outra razão que não absoluta necessidade. E se não fizermos isto não conseguimos crescer nas cadeias de valor, não seríamos competitivos e portanto desapareceríamos. Vamos continuar a investir este valor. No ano passado investimos 15 milhões de euros em melhoria das nossas infraestruturas; em 2018 iremos voltar a investir esta ordem de grandeza e em anos subsequentes será também assim. Abrimos no início deste ano a nova unidade de mobilidade elétrica e no final do ano abriremos outra também. Agora nas áreas da automação de sistemas de energia, também uma unidade moderna com todas valências...
De que investimento estamos a falar?
Alguns milhões de euros, não vou precisar. No final do ano temos previsto no global de investimentos na ordem dos 15, 16 milhões, certamente que não é todo para esta nova unidade.
Quantos empregos representa esta área?
Estamos a falar de um processo em que todos os anos vamos crescer. 700 pessoas entre 2018 e 2020, hoje já estamos a crescer - ao mês passado tínhamos crescido 100 efetivos na empresa e nesta área estamos a falar de cerca de 350 pessoas de quadros altamente qualificados. Esta é uma das áreas de nível mais elevado de conhecimento, que é a área do digital.