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Maduro reeleito com quase 70% dos votos. Oposição pede novas eleições

Carlos Garcia Rawlins/Reuters

Sem surpresas, Nicolás Maduro venceu as presidenciais na Venezuela. A oposição quer nova votação. Panamá e Chile não reconhecem resultados.

O mandato começa em 2019 e vai até 2025. São mais seis anos de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela. O chefe de estado foi reeleito com quase 70% dos votos, o que corresponde a cerca de seis milhões de pessoas num universo de 20 milhões de eleitores.

Pouco antes do resultado oficial ser divulgado, Nicolás Maduro discursou no Palácio de Miraflores, a sede da presidência, e reivindicou a vitória.

"Tomem nota todos aqueles que têm de tomar nota: Esta é a vitoria numero 22 em 19 anos. Quanto se substimou o povo revolucionário, quanto me subestimaram a mim. E aqui estamos vitoriosos outra vez, aqui estamos com o povo disposto a trabalhar rumo a um bom país, a uma bela pátria, rumo a uma pátria para todos e todas".

Maduro convocou os três candidatos derrotados para um diálogo.

"Assim como exijo respeito para a maioria eleitoral revolucionária, bolivariana e chavista, também respeito os setores que votaram pelos candidatos da oposição", disse o presidente. "Convoco todos para uma grande jornada de diálogo nacional, de reencontro nacional, com todos os setores políticos, económicos, sociais, culturais da Venezuela. Um reencontro, uma de reconciliação, um diálogo permanente é o que a Venezuela necessita e não brigas estéreis".

O principal adversário Henri Falcon ficou em segundo lugar com 21% e já veio dizer que não reconhece os resultados. Fala de irregularidades e pede mesmo novas eleições.

O pastor evangélico Javier Bertucci obteve 11% na votação e ficou em terceiro lugar. Também contestou os resultados das eleições.

Muitos países tinham já anunciado que não reconheceriam as eleições presidenciais. Os Estados Unidos tinham falado de votações "fraudulentas". O Panamá e o Chile já vieram anunciar que não reconhecem os resultados das eleições. Consideram que o processo não é democrático falam de falta de legitimidade.

O Canadá e a União Europeia tinham já referido que a eleição não é justa, nem transparente.

Observadores internacionais apontaram irregularidades nos chamados "pontos vermelhos", tendas instaladas pelo Partido Socialista para verificação de quem votou.

Durante a campanha, Maduro chegou a prometer prémios para quem fosse às urnas.

Um pouco por todo o mundo venezuelanos convocaram protestos contra as eleições. Culpam o governo pelo colapso do país.