Ambiente

Empresários condenam decisão do Governo para prospeção de petróleo no Algarve

Protesto organizado pelo Movimento Algarve Livre de Petróleo (MALP) em frente ao edifício da Câmara Municipal de Aljezur contra a prospeção e exploração de petróleo na Costa Vicentina no Algarve, Aljezur,17 de maio de 2018. LUÍS FORRA/LUSA LUSA

As cinco associações empresariais do Algarve criticam a decisão de não haver estudo de Impacto Ambiental para a prospeção de petróleo no Algarve. Falam em falta de transparência no processo.

São os municípios, os ambientalistas, os políticos e toda a sociedade civil. Se no Algarve há consenso nalguma matéria é esta.

Agora as cinco maiores associações empresariais da Região uniram-se para condenar a decisão do Governo. ACRAL, AHETA, AHISA, CEAL e NERA - associações de comerciantes, de empresários de turismo e de agricultores.

Vítor Neto, em nome do NERA, a Associação Empresarial da Região do Algarve, fala em falta de transparência. "Sucessivamente somos confrontados com factos consumados", diz. " Um Governo que é tão exigente para Estudos de Impacto Ambiental, numa questão desta natureza prescinde desses estudos? Não dá para acreditar!", enfatiza.

Também Elidérico Viegas, da AHETA, a Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, considera que o Governo está a tentar que a sociedade civil na região baixe os braços.

"As entidades competentes estão a apostar no cansaço das pessoas dando o caso como consumado e nós achamos que não. É legítimo que nos continuemos a opor de forma veemente".

Vítor Neto, que já foi secretário de Estado do Turismo, lembra que a prospeção e exploração de petróleo coloca em risco uma atividade fundamental para a região e para o país. "O Algarve é responsável por sete mil milhões de euros por ano de receitas. Põe-se isto em causa?", questiona.