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Mais de 150 mil vacas vão ser abatidas devido a bactéria infecciosa

epa06709151 The cow named Hermien (L) enjoys her first day of spring outside in the pasture of the retirement home for cows in Zandhuizen, The Netherlands, 03 May 2018. The cow escaped a few months earlier from a cattle truck on its way to the butcher and was saved by a crowdfunding campaign that funded her retirement. Beside her is her buddy cow Zus, who escaped together with Hermien, but got caught almost immediately. EPA/SIESE VEENSTRA Siese Veenstra/EPA

A bactéria provoca o desenvolvimento de metástases nas vacas, pneumonia e artrite, entre outras doenças.

A Nova Zelândia vai abater cerca de 150 mil vacas para erradicar uma bactéria infecciosa que ameaça as explorações locais, anunciaram na segunda-feira políticos e líderes da agropecuária.

O plano deverá custar centenas de milhões de euros e, caso seja bem-sucedido, será a primeira vez que um país infetado consegue erradicar a bactéria 'Mycoplasma bovis', detetada pela primeira vez na Nova Zelândia, em julho passado.

A indústria agropecuária é fundamental para a economia da Nova Zelândia, cujo isolamento a tem protegido de doenças que habitualmente afetam explorações animais em outras regiões do mundo.

O plano prevê o abate de todas as vacas, mesmo as que se encontrem saudáveis, desde que tenha sido encontrada a bactéria na exploração animal em causa.

Na Nova Zelândia existem 10 milhões de vacas, o dobro da população humana. Cerca de dois terços correspondem a vacas leiteiras e o resto a bovinos destinados à alimentação de carne.

A produção do leite é o maior ativo de exportação do país, sendo a China um dos principais compradores.

A 'Mycoplasma bovis' foi detetada até agora em 38 explorações por toda a Nova Zelândia, indicaram fontes oficiais, mas o número deverá aumentar para as 142, segundo projeções realizadas pelas autoridades.

Cerca de 24 mil vacas foram abatidas nos últimos meses. O custo do programa de erradicação da bactéria está estimado em 886 milhões de dólares neozelandeses (cerca de 528 milhões de euros).

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, disse acreditar ser possível erradicar a bactéria.

"Não sabemos, a longo prazo, qual o impacto coletivo que poderá ter na indústria, que é incrivelmente importante para a economia da Nova Zelândia", admitiu.

Lusa