Política

Sacrificar políticas agrícolas e de coesão é "mau contributo" para futuro da UE

epa06773983 Portugal's Prime Minister Antonio Costa delivers a speech during the inauguration of the new Bosch Technology and Development Center with the German Chancellor Angela Merkel (not in the picture) in Braga, Portugal, 30 May 2018. The German Chancellor arrived for a visit to Portugal from 30 to 31 May with a programme focused on bilateral and European issues but also on technologic development and investments. Others are not identified. EPA/HUGO DELGADO Hugo Delgado/EPA

O primeiro-ministro considerou que "há margem" para melhorar a proposta do próximo orçamento comunitário, avisando que sacrificar as políticas de coesão e agrícola é mau para o futuro da UE.

António Costa falava em conferência de imprensa conjunta com a Angela Merkel, no Palácio Foz, em Lisboa, após uma reunião bilateral, que encerra uma visita de dois dias da chanceler alemã a Portugal, na sequência de um convite formulado por António Costa.

"Quanto à proposta agora conhecida, nós registamos os progressos relativamente ao mau ponto de partida com que as conversações se tinham iniciado, mas julgamos que há margem para continuarmos a trabalhar para melhorar esta proposta", disse, respondendo a uma pergunta sobre o próximo orçamento da União Europeia.

No entanto, o primeiro-ministro avisou que "a política de coesão e a política agrícola não devem ser os fatores de ajustamento", já que "são duas políticas que são marcas identitárias da União Europeia".

"Sacrificar essas políticas é um mau contributo para o futuro da União Europeia", alertou.

Costa recordou que "Portugal tem defendido que a Europa tem de ter um orçamento à medida da sua ambição".

"Temos novas ambições na área da Defesa, do combate ao terrorismo, na capacidade de gerir as migrações, na capacidade de contribuir ativamente para o desenvolvimento do continente africano. Estas novas ambições exigem recursos", observou.