Seleção helvética estreia-se na Rússia frente ao Brasil.
Pode não ter um grande currículo no que respeita a feitos nos Mundiais, mas a Suíça já se tornou numa espécie de cliente habitual nestas andanças. Enfim, pelo menos desde 2006.
O facto é que a seleção de Vladimir Petkovic conseguiu o apuramento para a Rússia sem grandes problemas, mantendo primeiro um duelo apertado com Portugal e, depois, num play-off em que, como se calculava, ultrapassou a Irlanda do Norte. Quer dizer, tudo dentro das previsões.
A grande questão é saber agora que carreira fará a Suíça numa competição em que, ao longo da história, o melhor que obteve foi a presença nos quartos-de-final por três vezes. A última delas em casa, no longínquo ano de 1954, num Mundial que, imaginem, registou uma média de 5,4 golos por jogo. Era o tempo do futebol ofensivo sem grandes preocupações defensivas.
Acontece que, de então para cá - e já lá vão umas largas décadas - os suíços acabaram sempre uns degraus abaixo. Embora, reconheça-se, em 2014 tenham ameaçado seriamente a Argentina nos oitavos de final, quase provocando um escândalo.
Há quem sustente que uma das características da seleção suíça reside no facto de, independentemente do sistema que contempla um reforço acentuado das peças do meio campo, saber adaptar-se com alguma facilidade ao modo como os adversários jogam. Logo, há uma natural curiosidade em aferir como reagirá perante antagonistas mais poderosos.
Os trunfos existem. E não se trata apenas de Xhaka , pois Shaqiri ou Zuber são capazes de tirar coelhos da cartola quando é preciso. Mas não precisaremos de esperar muito para entender qual o verdadeiro alcance do conjunto helvético. É que o jogo de estreia será frente ao Brasil...