Educação

PS acusa sindicatos de só mostrarem "rigidez" nas negociações

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues (D), conversa com o secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira (E), durante a Cimeira Internacional sobre a Profissão Docente / ISTP2018, a decorrer no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, 22 de março de 2018. MIGUEL A. LOPES/LUSA Miguel A. Lopes/Lusa

As negociações entre os professores e o Ministério da Educação para a contabilização do tempo de serviço congelado têm sido frustradas pela "rigidez" dos sindicatos, acusa o PS.

O Partido Socialista (PS) pede flexibilidade aos sindicatos dos professores. No Fórum TSF, o deputado socialista Porfírio Silva disse que a proposta do Governo para a recuperação parcial do tempo de serviço congelado dos docentes é "um grande passo".

"Não estando previsto, nem no programa do Governo, nem nos planos orçamentais, qualquer recuperação do tempo de serviço - isso não estava previsto em nenhum compromisso -, o Governo propor uma recuperação de quase três anos de tempo de serviço é um passo gigante. É um grande passo", defendeu Porfírio Silva.

"Agora o que nós esperámos é que os sindicatos deem passos de aproximação, não mostrem rigidez. Aquilo que nós temos visto é rigidez", acrescentou o deputado socialista.

As negociações relativas à reposição do tempo de serviço dos professores, durante o tempo em que tiveram as carreiras congelas (9 anos, 4 meses e 2 dias), terminaram, esta segunda-feira, com o dirigente da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, a acusar o ministro da Educação de estar a fazer "chantagem" com os sindicatos, ao ultimar que, se os professores não aceitarem a proposta do governo (uma reposição de 2 anos, 9 meses e 18 dias), não haverá qualquer acordo.

O ministro Tiago Brandão Rodrigues confirmou que os professores não terão contabilizado qualquer tempo de serviço congelado por terem falhado as negociações com os sindicatos.

A Fenprof já admitiu avançar com uma greve aos exames nacionais, às aulas e a tarefas burocráticas como o lançamento de notas e a Federação Nacional de Educação (FNE) anunciou que vai propor também uma greve aos primeiros dias do próximo ano letivo.

*com Manuel Acácio e Guilhermina Sousa