Manifestantes anti-prospeção e exploração de petróleo concentraram-se em Faro no Dia Mundial do Ambiente.
Se o ministro do Ambiente se tivesse deslocado ao Algarve, tal como foi anunciado, teria ouvido bem alto os protestos dos movimentos contra a exploração de petróleo.
Tachos, cornetas... tudo servia para fazer barulho em frente à Comissão de Coordenação da Região do Algarve. Mas em vez do ministro deslocaram-se os secretários de estado das Florestas e do Ordenamento.
João Martins, do Movimento Algarve Livre de Petróleo (MALP), acusa o ministro do Ambiente e o primeiro-ministro de andarem a enganar as populações porque " as petrolíferas a partir do momento que têm o aval do governo vão poder fazer a prospeção e exploração".
Os manifestantes fazem questão de salientar que é toda a economia de uma região que está em causa e não só o turismo. Para o demonstrar, Helder Rita, representante da Quarpesca, uma cooperativa de pescadores de Quarteira, quis estar presente na iniciativa.
"Estou preocupado porque o senhor ministro disse-me pessoalmente que a exploração de petróleo não ia para a frente. Estou a ver que ele não é um homem de palavra".
Neste dia Mundial do Ambiente, os movimentos anti-propeção e exploração de petróleo quiseram marcar posição com esta manifestação. Acusam o Governo de não ter coerência pois não é compatível apostar nos combustíveis fósseis e ao mesmo tempo ter um futuro limpo em termos ambientais.