Desde 2015 que, na região da Madeira, a bióloga Margarida Hermida estuda o comportamento dos atuns com o projeto TUNAMAD. Sabe-se que a temperatura do mar influencia a rota do atum e a sua passagem pelos mares da Madeira, mas é preciso saber mais.
A bióloga do Observatório Oceânico da Madeira está no Festival Rota do Atum, que decorre no Porto Santo, com organização do Hotel Vila Baleira, para mostrar, entre outras coisas, o comportamento migratório do atum, os seus hábitos alimentares.
Entre muitas outras coisas descobrimos que comer atum cru é uma ação livre de perigo e encontrámos a resposta à pergunta: será o atum uma espécie canibal?
Margarida Hermida, bióloga no Observatório Oceânico da Madeira, fez a análise biológica de um patudo, a espécie de atum mais comum no arquipélago, para mostrar, entre outros aspetos, que os tunídeos são os peixes que mais migram no oceano Atlântico (algumas espécies fazem viagens desde a África do Sul até precisamente aos mares da Madeira e dos Açores), e que por isso toda a estrutura biológica de um atum existe em função disso: corpo esguio e imóvel, e na cauda está o motor.
Embora haja espécies de atum que estejam protegidas, e por isso a sua pesca é condicionada em Portugal, como o atum rabilho, a sustentabilidade do atum está garantida, embora a pesca não possa ser exagerada e sem freio, como explica Margarida Hermida.
Enquanto pequenos são alvos fáceis para outros peixes, mas à medida que crescem tornam-se eles nos predadores. Por isso, os cardumes de atuns organizam-se por tamanhos, porquê? É curioso: comem-se uns aos outros? É o que a bióloga explica na reportagem áudio, onde também encontra a resposta à pergunta: porque podemos comer sushi de atum tranquilamente?
Margarida Hermida desenvolve desde 2015 o projeto TUNAMAD, um projeto que estuda os fluxos migratórios do atum no oceano Atlântico, e que apresentará dados mais concretos em 2021.
A TSF está a acompanhar a primeira educação do Festival Rota do Atum, no Porto Santo, a convite da organização, o Hotel Vila Baleira. Foi lá que encontrou Margarida Hermida, bióloga lisboeta há vários anos na Madeira onde desenvolve o projeto TUNAMAD.